Inteligência dos EUA duvida que Rússia faça grandes avanços na Ucrânia em 2023
O exército russo provavelmente não conseguirá "grandes conquistas territoriais" na Ucrânia este ano, afirmou, nesta quarta-feira (8), a diretora de inteligência nacional dos Estados Unidos, Avril Haines.
"Não prevemos que o exército russo se recupere o suficiente este ano para conseguir grandes conquistas territoriais", disse a diretora durante uma audiência no Senado sobre ameaças globais.
"Mas é mais provável que [o presidente russo, Vladimir] Putin calcule que o tempo joga a seu favor, e que prolongar a guerra, mesmo com possíveis pausas na luta, possa ser o melhor caminho que lhe resta para finalmente garantir os interesses estratégicos russos na Ucrânia, mesmo que leve anos", explicou.
Haines avaliou que "se a Rússia não iniciar uma mobilização obrigatória e identificar suprimentos de munições substanciais por parte de terceiros, será cada vez mais difícil para eles até mesmo manter o nível atual de operações ofensivas nos próximos meses e, consequentemente, podem mudar completamente para manter e defender os territórios que agora ocupam".
Falando em nome das várias agências de espionagem dos Estados Unidos, Haines afirmou que um ano após invadir a Ucrânia, o presidente russo provavelmente tem uma "melhor compreensão das limitações de suas forças".
O poder de fogo de Moscou tem sido significativamente limitado devido ao número de baixas e ao esgotamento de armas, que é exacerbado pelas restrições comerciais e sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados, apontou.
Putin "parece agora estar focado em objetivos militares mais modestos", disse ao comitê de inteligência do Senado.
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