Inteligência artificial dá a chance de usuário 'conversar' com os mortos

Empresa quer que usuários usem inteligência artificial para criarem versões póstumas de si mesmos
Empresa quer que usuários usem inteligência artificial para criarem versões póstumas de si mesmos
  • Empresa quer que pessoas possam manter contato com entes queridos já falecidos;

  • Inteligência artificial faz perguntas sobre detalhes de sua vida para criar sua versão digital;

  • Outras iniciativas do gênero já estão sendo pensadas, como um avatar póstumo no metaverso.

Até hoje, poucos métodos de conversar com os mortos, como tabuleiro Ouija a reuniões mediúnicas, foram descobertos, e todos sem comprovação científica. Agora, a empresa de tecnologia HereAfter AI afirma ter criado a única forma comprovada de se conversar com quem já faleceu, ou o mais próximo disso possível.

A startup de tecnologia anunciou que através de sua inteligência artificial é possível criar uma versão digital de alguém, podendo inclusive reproduzir a voz da pessoa. O aplicativo funciona por perguntas e respostas em que o usuário responde sobre detalhes de sua vida para criar um "eu virtual". Outras iniciativas no tema também já foram exploradas, como a Somnium Space, que permite a usuários deixarem versões suas vivas no metaverso.

Algumas das perguntas da IA incluem “Quem foi o seu primeiro amor?”, “Qual é sua comida favorita?” e “Conte uma experiência que mudou a sua vida”. O usuário então as responde por voz, de modo que também treina a IA a reproduzir sua fala. É possível também enviar fotos, vídeos e outros documentos para aprimorar a experiência do produto.

A ideia da empresa é que uma pessoa possa deixar uma versão de si mesmo para sua família poder acessar quando este, infelizmente, vier a falecer. O jornal Washington Post chamou o programa de “o próximo passo na busca humana pela imortalidade”.

Contudo, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já havia ponderado sobre a criação de uma ferramenta deste tipo. No texto, os cientistas consideraram a época de criar uma versão digital de alguém. Para elas, as ramificações são "complexas". "A tecnologia, para alguns, pode ser alarmante e assustadora. (…) conversar com estas versões digitais pode até mesmo prolongar o luto e tirar a pessoa da realidade”, afirmaram.

A companhia publicou um vídeo em seu canal no YouTube explicando como funciona o aplicativo; confira.