Invasão DF: Peritos usam DNA, drones e câmeras para identificar terroristas
Técnicas complementares ajudam a identificar bolsonaristas radicais que participaram dos atos de vandalismo
(REUTERS/Ueslei Marcelino)
Peritos da PF combinam técnicas complementares para identificar responsáveis por ataques no DF;
Entre elas, estão análise de DNA e de imagens obtidas por drones e câmeras de segurança;
Ministro Alexandre de Moraes também determinou medidas para encontrar os terroristas.
Peritos da Polícia Federal estão usando técnicas complementares e combinadas para identificar os terroristas que depredaram as sedes dos três poderes da República – Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) – neste domingo (8).
O objetivo é chegar ao nome dos bolsonaristas radicais que participaram dos crimes. Para isso, estão periciando:
Vestígios de DNA: Encontrados em itens pessoais deixados para trás, superfícies e armas usadas pelos terroristas;
Drones: os equipamentos da PF sobrevoaram ontem a Esplanada dos Ministérios enquanto os ataques aconteciam, de forma a identificar os responsáveis;
Câmeras de Segurança: imagens dos equipamentos instalados no circuito interno da Câmara, Senado, STF e Planalto serão analisadas.
Outras medidas
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a PF também vai
Estudar listas de hóspedes em hotéis e pousadas de Brasília;
Examinar imagens das câmeras de segurança desses estabelecimentos;
Buscar dados de geolocalização dos golpistas;
Mapear os donos, passageiros e financiadores dos ônibus que trouxeram os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) a Brasília.
O ministro ainda determinou que sejam colhidos em 48 horas os depoimentos de proprietários de 87 ônibus que trouxeram bolsonaristas a Brasília e que os depoentes apresentem contratos, nomes de financiadores do transporte e a relação de todos os passageiros de cada veículo.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terá que informar os registros de todos os veículos que ingressaram no DF entre a última quinta-feira e o domingo.
Em outra frente, Moraes exigiu das empresas de telecomunicações que armazenem por três meses os "registros de conexão suficientes para a definição ou identificação de geolocalização dos usuários", segundo a decisão.
Além disso, redes sociais como Instagram, Twitter, Facebook e TikTok terão que remover conteúdos que promovam atos antidemocráticos e suspender imediatamente a monetização dessas contas. O ministro listou 17 perfis de bolsonaristas que incitaram os atos de domingo nas redes sociais: 9 no Instagram, 3 no Facebook, 3 no Twitter e 2 no TikTok.
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