Investigação de agência americana pretende afastar Musk do Twitter

A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos pretende afastar Elon Musk da direção do Twitter como parte de sua investigação sobre a empresa, informou uma fonte a par da apuração à agência Bloomberg.

O bilionário comprou a rede social no ano passado por US$ 44 bilhões e assumiu o seu controle, levando a empresa a uma série de demissões e controvérsias provocadas por seu estilo particular de gestão. Recentemente, ele afirmou que poderia deixar o cargo de CEO para um executivo profissional.

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No ano passado, o FTC aprofundou uma investigação sobre as práticas do Twitter na área de privacidade e segurança de dados em meio à compra da empresa por Musk. O afastamento dele marcaria uma escalada nessa apuração.

O FTC fez uma série de pedidos de documentos ao Twitter, pedindo que a companhia entregue comunicações internas relacionadas às recentes demissões, às ações de Musk e outros temas, segundo documentos citados pela Bloomberg.

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“Um caso vergonhoso de instrumentalização de uma agência governamental por motivos políticos e supressão da verdade”, reagiu Musk no Twitter.

O porta-voz da FTC, Douglas Farrar, afirmou em nota que “não deveria ser surpresa que funcionários de carreira na comissão estejam conduzindo uma rigorosa investigação sobre conformidade no Twitter”, autorizada antes de Musk assumir a empresa.

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Ainda hoje, ao participa de um evento do Morgan Stanley em São Francisco, Musk afirmou que as contas do Twitter devem voltar ao equilíbrio no segundo trimestre e que é possível até que volte a apresentar lucro, mas admitiu que o endividamento da empresa é alto, com um custo anual de rolagem de US$ 1,5 bilhão, o que impede a empresa de ser lucrativa no momento.

Musk afirmou que, com toda a atenção que o Twitter atrai, é surpreendente que gere tão pouco dinheiro. E revelou que a empresa está trabalhando em um novo plano para tornar sua publicidade mais relevante.