Irã “perdoa” 22 mil manifestantes detidos, mas se mostra inflexível quanto a presos estrangeiros
O chefe do sistema Judiciário do Irã, Gholamhossein Mohseni Ejei, anunciou nesta segunda-feira (13) que 22 mil pessoas presas durante protestos contra o regime em Teerã foram perdoadas, de acordo a agência de notícias iraniana Irna.
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, aprovou o perdão de "dezenas de milhares" de presos, incluindo muitos que foram detidos durante os recentes protestos antigovernamentais. "Até agora, 82 mil detidos receberam indulto, incluindo 22 mil que participaram de protestos", precisou Mohseni Ejei.
Mas ele não especificou, no entanto, os períodos dos indultos ou informou se os detidos em questão foram formalmente acusados e quando foram acusados.
O Irã tem sido palco de grandes protestos antigovernamentais desde a morte de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, em 16 de setembro, após sua prisão em Teerã pela polícia moral, que a acusou de violar as rígidas regras do código de vestimenta, que exigem que as mulheres usem um véu em público para cobrir a cabeça.
Intervencionismo francês
"Naturalmente, a continuação de tais ações não ajudará na resolução da questão dos prisioneiros", concluiu Kanani.
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