Israel nunca esteve tão dividido e risco de uma terceira intifada nunca esteve tão próximo

AP - Ariel Schalit

As revistas francesas desta semana dão destaque para a situação atual em Israel. As publicações alertam para as tensões internas no país, mas também para as possíveis ameaças externas.

Os israelenses assistem a uma verdadeira fratura desde a chegada da extrema direita ao poder com coalizão dirigida por Benjamin Netanyahu, aponta a revista L’Obs. A publicação traz uma longa reportagem na qual conta como dois mundos se opõem no país, com protestos cada vez mais frequentes: de um lado os democratas e liberais e, ou outro, os ultraconservadores.

O ponto central das tensões é o projeto de reforma da Suprema Corte, que facilitaria a adoção de leis no país, sem nenhum tipo de contestação. A instituição, explica a reportagem, funciona como única instância capaz de contestar o governo, garantindo os valores israelenses. Foi a Suprema Corte, por exemplo, que vetou a entrada em vigor em 2013 de um texto que previa a detenção de forma indiscriminada de migrantes e exilados.

Diante do risco dessa reforma entrar em vigor, vários setores da sociedade têm se revoltado, aponta a publicação. Algumas empresas já ameaçam deixar o país, mostrando que as medidas da extrema direita podem ter um impacto também na economia israelense.


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