Julgamento sobre morte de jornalista que tem ex-dirigente do Atlético-GO como suspeito começa nesta segunda
Quase dez anos após o assassinato do radialista goiano Valério Luiz de Oliveira, os cinco acusados de participação no homicídio, entre eles o ex-dirigente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, serão julgados a partir desta segunda, suspeitos de participarem do homicídio duplamente qualificado, segundo acusação do Ministério Público de Goiás.
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Radialista e comentarista, Oliveira foi morto em uma emboscada, após ser atingido por quatro disparos à queima-roupa no dia 5 de julho de 2012, segundo a perícia feita no local do crime.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado pelas críticas que ele fazia a Maurício Sampaio, então dirigente do Atlético. Mesmo sendo torcedor do clube, Valério era um crítico da então gestão do clube e foi considerado “persona non grata” pelo clube em documento assinado pelo próprio Sampaio.
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Em uma das críticas feitas pelo jornalista, ele chegou a afirmar, quando Sampaio deixou o quadro de diretores do clube com a equipe ocupando a lanterna do Campeonato Brasileiro de 2012, que “em filme de aventura, quando o barco está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”.
A defesa de Sampaio nega que tenha havido ligação do empresário com o assassinato. Ele chegou a ficar três meses preso, com a sua defesa postergando o julgamento do caso dele e de outros quatro acusados de envolvimento no caso.
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De acordo com o Ministério Público, o policial militar Ademá Figueiredo Aguiar Filho teria sido o responsável pelos disparos. Além dele, o sargento da PM Djalma Gomes da Silva, então segurança de Sampaio; Urbano Carvalho Malta, também funcionário de Sampaio; e o Marcus Vinícius Pereira Xavier são outros três acusados de participar do crime.
Segundo o Fantástico, depois de quase um ano de investigação, eles foram presos, mas soltos em seguida, e, desde então, aguardam o julgamento em liberdade. Dos cinco réus no caso, apenas Marcus Vinícius confessou a participação no crime.