Juninho Pernambucano diz qual o maior problema que a seleção brasileira enfrenta
O Brasil entra em campo às 16h desta segunda-feira (05) para encarar a Coreia do Sul em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo. E antes do confronto, o ex-meia Juninho Pernambucano, escreveu um artigo para o jornal inglês The Guardian e disse qual o maior problema da seleção brasileira para esse jogo: a pressão.
"E assim o Brasil está sob enorme pressão antes do jogo das oitavas de final contra a Coreia do Sul, depois de perder o terceiro jogo da fase de grupos contra Camarões. Eles também perderam mais dois jogadores por lesão, Alex Telles e Gabriel Jesus, mas Neymar deve estar em forma novamente. O fato de jogar contra a Coreia do Sul, que todo mundo acha que deveria vencer, só aumenta a expectativa, a pressão e o sentimento que o Brasil tem para passar. Teria sido diferente se desse grupo enfrentassem Portugal ou Uruguai", escreveu o ex-jogador que disputou a Copa de 2006 com a camisa do Brasil.
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Segundo Juninho, há uma percepção de que o jogo contra a Coreia será fácil. E que isso faz aumentar a pressão de que a vitória é uma obrigação da seleção brasileira.
"No Brasil, de fato, a vitória contra a Coreia do Sul é vista como uma obrigação e isso é um grande peso para o técnico Tite e sua equipe carregarem e nas discussões com os jogadores. Esta seleção não seria perdoada se fosse eliminada nas oitavas de final pela Coreia do Sul. Pode parecer para as pessoas em frente à TV que este é o tipo de pressão que Tite e os jogadores devem suportar, mas é, de fato, o maior problema que eles estão enfrentando", explicou Juninho.
Análise "radical" da seleção
No artigo, Juninho Pernambucano critica a forma como a seleção brasileira é analisada no Brasil. Segundo o ex-jogador, os torcedores analisam o time nacional de forma "radical".
"Existe uma paixão enorme pelo futebol no Brasil e a forma como todos no país analisam a seleção é radical, às vezes simplista e muitas vezes avassaladora na hora de criticar os jogadores e o técnico, fazendo parecer que o futebol é muito fácil para quem joga, principalmente se for jogador profissional. No Brasil parece difícil aceitar que o futebol, assim como a vida, evolua.", disse Juninho.