Justiça cobra perícia de celular de bolsonarista que matou petista em Foz do Iguaçu
Prazo para entrega da perícia se encerra nesta quarta-feira
Justiça também aguarda exame de leitura labial das imagens
Bolsonarista está sendo denunciado pelo Minstério Público
A Justiça do Paraná pediu mais urgência na perícia do aparelho de celular de Jorge José da Rocha Guaranho, bolsonarista preso por matar o petista Marcelo Arruda, no dia 9 de junho, em Foz do Iguaçu (PR).
A cobrança é feita pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal, que determinou um prazo de dois dias para que sejam entregues novas informações sobre o andamento do laudo. O despacho foi assinado na última segunda-feira (25) e se encerra nesta quarta-feira (27).
O agente invadiu o aniversário de Arruda no último dia 9 e o matou a tiros. Arruda comemorava os 50 anos em uma festa com temática do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O agente penal é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Outra análise pendente é o exame complementar de leitura labial das imagens da câmera de segurança, que irá mostrar o que foi dito pelos presentes. O prazo final é esta sexta-feira (29).
A contabilização dos disparos consta no laudo da Polícia Científica do Paraná, divulgado nesta segunda-feira (25): ao menos 13 tiros foram disparados. O laudo do confronto balístico descarta ainda que o assassino do petista, o agente penal federal Jorge Guaranho, tenha tido o carro atingido por pedras atiradas por Arruda, como constava no depoimento à polícia da mulher de Guaranho.
O laudo de 32 páginas relata foram encontradas 13 estojos de arma ponto 380, além de um estojo de arma calibre ponto 40, na sede da Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física (Aresf), local onde a festa era realizada.
Na semana passada, Guaranho virou réu por homicídio duplamente qualificado em denúncia recebida pelo juiz do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) Gustavo Germano Francisco Arguello.