Justiça de Goiás arquiva processo contra padre Robson por lavagem de dinheiro
O Tribunal de Justiça de Goiás arquivou a investigação contra o padre Robson de Oliveira, acusado de lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada de forma unânime na última terça-feira, 6. Investigações do Ministério Público do estado indicavam que o pároco movimentos R$ 2 bilhões em 10 anos. O Vaticano sabia das acusações contra o Padre Robson.
Ao Correio Braziliense, a defesa do padre confirmou o arquivamento da ação do MP-GO. "Com isso, fica reconhecido que não houve a qualquer ilicitude praticada pelo religioso, que sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno) ou em qualquer outro âmbito de evangelização", declarou Pedro Paulo de Medeiros.
Outro advogado do padre Robson, Cléber Lopes, afirmou que a decisão confirma que a associação presidida pelo pároco é de natureza privada e que não houve desvio de dinheiro.
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A justificativa do desembargador Nicomendes Domingos Borges é de que as provas do Ministério Públicos eram insuficientes para afirmar que houve desvio de dinheiro.
A Operação Vendilhões, do Ministério Público de Goiás, apontou que a Associação presidida pelo padre recebia doações que chegavam a R$ 20 milhões por mês. Segundo a investigação, parte do dinheiro estava sendo usado para comprar fazendas e uma casa na praia.