Lava Jato via Alexandre Ramagem como ameaça e ligado ao PT, diz site

Solenidade de posse do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem
Alexandre Ramagem deve ser o novo diretor-geral da Polícia Federal (Foto: Agência Brasil)

Em mais uma revelação de mensagens da chamada “Vaza Jato”, o site The Intercept Brasil mostrou que procuradores da força tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba suspeitava que Alexandre Ramagem, à época delegado da Polícia Federal, fosse ligado ao PT.

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Nesta terça-feira, Ramagem foi nomeado por Bolsonaro para ser o novo diretor-geral da PF, depois da exoneração de Maurício Valeixo, na última sexta-feira. A indicação foi feita ao presidente Jair Bolsonaro pelo filho, Carlos Bolsonaro, de quem Ramagem é amigo. Até então, ele ocupava o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência.

Segundo conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil, em 2015, Deltan Dallagnol afirmou que o delegado Mario Fanton tinha um amigo ligado ao PT, que esperaria favores políticos em troca de informações para “melar o caso”. Mais tarde, Dallagnol voltou com a informação de que o amigo seria Alexandre Ramagem.

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“Seria ele quem estaria mediando com o PT pro Fanton”, escreveu Dallagnol na ocasião. Mario Fanton acusou colegas da força tarefa do Paraná de manipulares provas e, depois, foi denunciado por violação de sigilo funcional.

As suspeitas sobre Ramagem não foram para frente e o nome do atual diretor da Abin voltou a aparecer no governo Michel Temer.

O procurador da Lava Jato Ângelo Goulart Villela foi preso em maio de 2017, suspeito de ter vendido informação sigilosas a Joesley Batista, dono da JBS. Pouco tempo depois da prisão, Deltan Dallagnol falou com o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, coordenador da Operação Greenfield, na qual Villella atuava.

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Segundo o The Intercept Brasil, Dallagnol repassou uma denúncia anônima a Lopes: “O Ângelo tinha ligações com um tal de delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, que passou por Roraima também” diz a mensagem. Em seguida, o denunciante diz que há grandes chances de Ramagem estar envolvido na venda de informações sigilosas e, por isso, deveria ser afastado.

Lopes respondeu a Dallagnol que Ramagem não estava nas operações da Greenfield.

Ramagem ficou na Lava Jato até 2018, depois foi para um cargo administrativo na Polícia Federal. Depois da facada que Bolsonaro levou durante a campanha, em 2018, ele assumiu a coordenação da segurança da campanha.