Libertado sob fiança o policial Derek Chauvin, acusado da morte de George Floyd
(Arquivo) Imagem fornecida pelo Hennepin County Jail à AFP mostra Derek Chauvin, acusado de pela morte de George Floyd nos EUA
Relatora Meiruze Freitas foi quem deu a melhor resposta para quem passou os últimos meses alimentando e sendo alimentado por teorias da conspiração
Derrotado por Joe Biden, sem acesso a suas redes sociais e com dois julgamentos políticos em seu cartório, Donald Trump se muda esta semana da Casa Branca para a Flórida, onde desperta tantas paixões que seu sobrenome foi escrito nas costas de um peixe-boi.
“Um menininho muito pobrinho que só sabia pensar em bumbum. A menina muito riquinha que não olhava...
Isolado com a mulher Paula Lavigne desde março do ano passado, Caetano Veloso saiu de casa pela...
O enfermeiro domiciliar Klinger de Castro Falcão, de Manaus, improvisou uma garrafa pet como cilindro de oxigênio durante o tratamento de uma idosa.
Gisele Bündchen em breve terá como vizinhas as modelos Adriana Lima e Elle Macpherson, além do...
O opositor russo Alexei Navalny chegou em Moscou neste domingo (17), após vários meses de tratamento na Alemanha depois de sofrer um suposto envenenamento, apesar das ameaças de prisão da Justiça russa.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Presidência mais conturbada dos EUA em décadas chega ao fim ao meio-dia (14h de Brasília) da próxima quarta-feira (20). Mas Donald Trump seguirá tentando chamar a atenção para se manter em destaque na política americana, na direção contrária do que fizeram outros ex-presidentes do país. Trump foi um dos líderes mais agressivos --e talvez o mais antidemocrático-- a ocupar a Casa Branca. Ele, que sempre buscou o confronto em vez da conciliação, estava perto de entregar um país já dividido e duramente atingido pela pandemia. Mas seu legado ganhou uma mancha ainda maior em seus últimos dias no cargo, ao estimular uma insurreição contra o Congresso. Como resultado, Trump foi banido de redes sociais e teve o segundo processo de impeachment aprovado na Câmara dos Deputados --agora, com o apoio de dez republicanos, um sinal de que o partido está rachado. Por outro lado, 197 correligionários votaram contra a ação, e muitos deles fizeram discursos fervorosos em defesa do presidente. A decisão sobre afastá-lo e, mais importante, fazer com que perca direitos políticos, tirando a possibilidade de que concorra outra vez à Presidência, caberá, mais do que ao Senado, ao Partido Republicano. São necessários 67 votos para condenar Trump, e os democratas terão apenas 50 quando o processo for julgado na Casa. "A principal questão é saber como o Partido Republicano resolverá suas disputas internas. Se o establishment vai se impor, ou se a legenda continuará dependente do trumpismo", avalia Sérgio Amaral, ex-embaixador do Brasil em Washington (e pesquisador do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Trump conseguiu manter sua aprovação relativamente estável ao longo do governo, oscilando em torno de 40%, com uma mistura de estratégias novas e antigas. De um lado, buscou cumprir promessas de campanha, como restringir a imigração, criar empregos e defender pautas conservadoras --o maior acesso ao porte de armas e a proibição ao aborto, por exemplo. De outro, manteve um clima de tensão constante, com rivais sendo colocados como inimigos mortais, além de negar os riscos do aquecimento global e da pandemia de coronavírus, muitas vezes com base em mentiras e em teorias estapafúrdias. Após a invasão do Capitólio, o presidente viu essa taxa de aprovação desmoronar. De acordo com pesquisa conduzida pela agência de notícias Reuters com a Ipsos, a cifra foi a 34% --o menor valor desde o fim de 2017. O monitoramento do site especializado FiveThirtyEight indica que essa foi não apenas a maior queda no índice desde o começo do mandato, mas uma amostra de que a erosão passou a acontecer entre eleitores republicanos. Assim, o soneto final na Casa Branca contraria a tática de Trump de se apresentar como infalível a seus seguidores. Ato contínuo, a estratégia consistia em mostrar que quem o seguisse também poderia aproveitar desse sucesso, apontou a escritora Anne Applebaum na revista The Atlantic. "Os trumpistas não querem democracia, prosperidade, liberdade ou igualdade, mas a fantasia de vitória sem fim." Os resultados são dúbios: levou os republicanos a perderem o controle da Câmara e do Senado e foi derrotado na eleição, ainda que tenha sido capaz de catalisar 74 milhões de votos, a segunda maior marca em um pleito presidencial na história dos Estados Unidos, mostrando força para manter uma base engajada. "Ele estabeleceu um canal de comunicação com uma massa de eleitores que não costumava ser diretamente acionada pelo Partido Republicano. Aquela população que, de alguma forma, reconheceu-se como a que mais sofreu os custos da globalização, sem contrapartida alguma, tem esperanças de que Trump ainda possa ser a solução", afirma Neusa Bojikian, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os EUA. Assim, muitos republicanos temem perder votos ao confrontar Trump. Por outro lado, defender suas ações é cada vez mais difícil, à medida que elas colocam a própria democracia americana em risco. "Nos Estados Unidos, quando um presidente perde a reeleição, a dinâmica dos partidos faz com que novas lideranças surjam rapidamente. O líder derrotado nas urnas fica com um selo de perdedor", diz Leandro Consentino, professor de ciência política do Insper. "Mas Trump tenta mudar isso ao criar a narrativa de que é bom e que só perdeu porque houve fraude." Personalista, o presidente não estimulou o surgimento de sucessores e até brigou com nomes que o ajudaram na vitória de 2016, como o estrategista Steve Bannon. Mesmo assim, pipocam alguns candidatos a tentar representar seu legado: o senador Ted Cruz, do Texas, e o secretário de Estado Mike Pompeo, além de familiares, como o genro Jared Kushner, que se envolveu em negociações de política externa, e os filhos Ivanka e Donald Jr. Para se manter em evidência depois de deixar o cargo, Trump terá de superar mais obstáculos. Primeiro, precisa achar uma nova forma de falar diretamente a milhões de pessoas. Ele foi banido do Twitter, seu principal meio de comunicação, e, por ora, depende da imprensa para levar suas mensagens a grandes audiências. Por ironia, durante todo o governo tratou jornalistas como inimigos, com diversas ofensas públicas. Convencer milhões de pessoas a segui-lo em plataformas que não costumam acessar no dia a dia será tarefa complexa. E redes sociais que não moderem discursos de ódio podem ficar sem acesso a servidores, como ocorreu com o Parler. Trump também é visto como um ícone do populismo de direita que ganhou força nos últimos anos em lugares como Brasil, Itália e Hungria. Especialistas, no entanto, apontam que o republicano tem poucos caminhos para se beneficiar disso, já que "vários líderes se distanciaram dele depois da invasão ao Congresso", avalia o embaixador Sérgio Amaral. "O ataque foi muito mal recebido, especialmente em países europeus." "Os chefes de Estado de direita em outros países precisarão estar dispostos a sacrificar uma boa relação com Biden para seguirem próximos de Trump", analisa Roberto Moll, professor de história da América na Universidade Federal Fluminense. Trump já disse que não irá à posse de Biden, na quarta-feira. Segundo o jornal The New York Times, ele deverá partir da Casa Branca ao som de uma banda militar, com um tapete vermelho estendido. Há a possibilidade de que faça um discurso de despedida em um comício na Flórida. Se o evento ocorrer, será o primeiro teste de popularidade fora do cargo. Há também alertas de que apoiadores de Trump planejam atos violentos no dia da posse, que terá forte presença de militares, para tentar evitar que cenas como a do começo do mês se repitam. "Esta cena política tumultuada deve permanecer por algum tempo, porque reflete conflitos que estavam dormentes. O estilo abrasivo de Trump, de radicalizar tudo, reacendeu problemas antigos, como a questão racial e a desigualdade", avalia Amaral. "E o governo Biden terá de lidar com essas questões."
Candidato do presidente Jair Bolsonaro ao comando da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) é alvo de investigação da PF pela suposta participação em um esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa.
O advogado Paulo Emilio de Moraes Garcia acionou a Justiça para não usar máscara e não ser punido pela Prefeitura de Florianópolis. O pedido foi negado em duas instâncias.
Segundo especialista em família real, uso de foto de Lady Di em lançamento de fundação abalou os bastidores
O esquiador Mario Carr mostrou suas habilidades impressionantes ao descer, em alta velocidade, uma encosta nos Estados Unidos.
No Brasil e no exterior, fabricantes pedem garantia de que não serão processados por eventuais efeitos adversos - exigência era esperada e não compromete segurança da vacina, dizem especialistas.
Como curar as feridas dos Estados Unidos? Diante de uma semana histórica, a equipe do presidente eleito Joe Biden continuou a revelar neste domingo (17) como ele planeja tirar o país da crise econômica, social e de saúde, enquanto ocorre um novo julgamento político contra Donald Trump.
Até políticos estão usando serviço privado para enviar familiares para fora do estado em meio a caos na rede de saúde. Procura fez empresas abrirem lista de espera
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A vacinação no Hospital das Clínicas se encerrou pouco antes das 18h deste domingo (17), com o "vacinômetro" marcando cem pessoas imunizadas. Uma delas foi a diretora de enfermagem do Instituto da Criança e do Adolescente, Simoni Pavani, 53, que se disse orgulhosa de participar desse dia histórico. "A vacina representa a esperança. É emocionante, a gente está aguardando há muito tempo. As pessoas estão se importando com a eficácia, mas o mais importante nesse momento é que todos estejam vacinados. Temos que torcer para que todos, o mais rápido possível, possam estar conosco, vacinados."
Cativeiro negro beneficiou pequena elite, mas postergou desenvolvimento do país, dizem pesquisadores.
O número de mortos por covid-19 superou os dois milhões no mundo e a OMS alertou sobre a situação catastrófica no Brasil, enquanto o laboratório Pfizer anuncia atrasos na entrega de vacinas.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ao entrar de vez na campanha de seus candidatos às presidências da Câmara e do Senado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se desgasta com partidos que, nos dois primeiros anos de governo, votaram junto com o Palácio do Planalto. Por causa dessa atuação, líderes partidários avaliam que, mesmo com a vitória de seus apadrinhados, o presidente terá dificuldade para emplacar pautas bolsonaristas, promessas de campanha e parte da agenda econômica. Bolsonaro tem feito apelos diretos a bancadas em favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato do governo a comandar a Câmara, e também já declarou apoio ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que concorre à presidência da Casa. Os principais adversários deles são do MDB: o deputado Baleia Rossi (SP), que é presidente do partido, e a senadora Simone Tebet (MS). O MDB foi uma das siglas que mais votaram com Bolsonaro, embora não tenha integrado a base do governo. O mesmo acontece com DEM, PSDB e Cidadania. Como a disputa tende a ser acirrada, integrantes desse grupo de partidos acreditam que, se Lira e Pacheco vencerem, será com votos da oposição, inclusive membros do PT. Portanto, a eleição dos candidatos de Bolsonaro em fevereiro não representa a base dele nas Casas. O voto, nesse caso, é secreto e, como reforçam parlamentares, não representa compromisso com a agenda do governo. A pauta de costumes deve ser a que mais sofrerá resistência no Congresso após o desgaste de Bolsonaro com siglas de centro. Mas projetos econômicos, como privatizações, também podem ter mais dificuldade que antes, na avaliação de congressistas. Bolsonaro quer, por exemplo, aprovar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que cria o voto em papel para auditar a urna eletrônica, a PEC do voto impresso. Mas essa ideia precisa do voto de 60% da Câmara (308 votos) e do Senado (49 votos). O mesmo quórum é exigido para redução da maioridade penal, defendida pelo presidente. Mas parlamentares citam ainda dificuldade para aprovar projetos de lei, que exigem menos votos, como ampliação das causas excludentes de ilicitude (alívio a punição de policiais que matassem em serviço), medidas de enfraquecimento dos meios de comunicação, flexibilização do porte de armas e a regulação do ensino domiciliar. O Planalto aposta na vitória de Lira para avançar com essas propostas na Câmara. Mas aliados do candidato dizem que não há compromisso de voto nessas pautas nem acordo para que Lira busque maioria para aprová-las. "O cenário vai ficar muito mais fragmentado daqui em diante. Cabe ao governo articular e convencer os deputados para aprovar projetos de interesse do presidente", disse o líder do Solidariedade na Câmara, Zé Silva (MG), que apoia Lira. A cisão entre as siglas de centro também é vista como um entrave a pautas bolsonaristas por integrantes de PP, PL e PSD, que compõem o entorno de Lira e o centrão --grupo de legendas que se aproximaram do governo após a liberação de cargos e emendas. No caso das reformas econômicas, a avaliação é que a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá perder o protagonismo nas negociações. As reformas tendem a ser mais modificadas pelos parlamentares. No mês passado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas à interferência do governo na eleição da Casa. "Ele [o governo] está correndo risco de reduzir a grande maioria que tem na pauta econômica para tentar interferir na Câmara. [...] E vai colocar em risco, sim, o ambiente de relacionamento com a centro-direita, que sempre votou a pauta econômica sem precisar de emenda, de cargos", disse o presidente da Câmara. Desde o ano passado, o Planalto atua com a promessa de emendas e nomeações em cargos públicos para atrair votos a Lira. A Câmara é a Casa onde a eleição está mais acirrada. Nos últimos dias, Bolsonaro se reuniu pessoalmente com deputados aliados para articular em favor do candidato do PP. Além disso, cobrou a bancada ruralista por engajamento na campanha de Lira. Os ruralistas e a bancada evangélica devem se dividir na votação, pois a sucessão na Câmara é fortemente influenciada por questões partidárias. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), nega que haverá dificuldade em aprovar matérias prioritárias do governo. "Não vejo problema de formação de maiorias. A base do governo é sólida. E o compromisso dos deputados com as reformas é muito forte", afirma. Ele lembra que DEM e MDB, partidos que formalmente devem se alinhar a Baleia, sempre votaram com o governo em questões econômicas. No entanto, esses dois partidos têm mostrado maioria a favor de uma reforma tributária diferente da defendida pelo governo, por exemplo. Baleia é autor da PEC que reformula o sistema tributário, mas num modelo mais amplo que o defendido por Guedes. Por isso, líderes dizem que, na agenda econômica, a divisão provocada pela campanha de Bolsonaro na eleição do Congresso deverá acirrar o movimento de protagonismo do Legislativo nessa área. Para alguns dirigentes de partidos de centro, apesar da fragmentação das siglas na Câmara, o núcleo duro tanto de apoio a Lira como a Baleia não será hostil ao governo na pauta econômica. A aprovação das matérias dependerá, porém, da popularidade de Bolsonaro, o que, creem parlamentares, tende a cair nos próximos meses. No caso da tributária, por exemplo, com a divisão dos partidos, ficaria cada vez mais difícil para o governo tentar emplacar uma proposta que preveja a recriação de um imposto nos moldes da CPMF. Orlando Silva (PC do B-SP) avalia que será difícil haver a formação de maiorias no Congresso. O deputado atribui a dificuldade em grande parte à forma como Lira tem tocado a campanha pela Câmara. "Os ataques aos líderes vão criar ambiente de mais fracionamento no Congresso, é uma luta fratricida. É um ambiente que vai desqualificar ainda mais a política. Não vai ser simples a construção [política]", diz. Para Silva, Lira age como Bolsonaro ao desqualificar as direções partidárias. "A sequela dessa linha de campanha é a maior fragmentação dos partidos, as bancadas vão ficando ingovernáveis. Vai ter que ser criado um balcão do tamanho do mundo para que qualquer matéria seja aprovada na Câmara. Só a ideia não vai ser suficiente", critica o deputado do PC do B. Hoje, o bloco que apoia Baleia é formado por PT, PC do B, PSB, PDT, DEM, PSDB, MDB, Cidadania, PV, Rede e PSL. Formalmente, o bloco de apoio a Lira é menor que o do emedebista, composto por PL, PSD, Republicanos, Avante, Podemos, Patriota, PSC e PROS. Outros partidos, como Solidariedade e PTB, ainda não tomaram uma decisão formal. E há siglas rachadas quase ao meio, como o PSL. Para vencer, Lira e Baleia contam com dissidências. São necessários 257 do total de 513 para eleger quem comandará os deputados pelos próximos dois anos. No Senado, a contabilidade é favorável a Pacheco, apoiado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O bloco do mineiro é formado por DEM, PL, PP, PROS, PSC, PSD, PT, PDT e Republicanos, que reúnem os 41 votos necessários para vencer a eleição para a presidência da Casa --a maioria absoluta dos senadores. O MDB, de Tebet, é a maior bancada do Senado, com 15 votos. E, apesar de não ter conseguido o apoio do presidente, é o partido dos líderes do governo na Casa e no Congresso, respectivamente Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Gomes (TO).
Nunca é tarde para relembrar os melhores momentos do início de um romance. Lulu Santos, o último...