Líderes da Igreja Universal são indiciados por lavagem de dinheiro em Angola
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- Edir MacedoBispo evangélico, escritor, teólogo e empresário brasileiro
Quatro líderes foram acusados e indiciados pela Justiça do país africano
Entre eles, Honorilton Gonçalves, ex-homem forte da TV Record
Trata-se de mais uma derrota da cúpula brasileira da Universal em Angola
Quatro líderes da Igreja Universal do Reino de Deus foram indiciados por lavagem de dinheiro em Angola. A acusação foi feita pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), de acordo com informações do UOL.
Segundo o site, entre os indiciados está o bispo Honorilton Gonçalves. Ele já foi homem forte da TV Record e é pessoa de confiança do bispo Edir Macedo, proprietário da emissora. O pastor Fernando Henrique Teixeira, ex-diretor da TV Record África, também responderá pelo crime.
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Outro pastor brasileiro indiciado é Valdir de Sousa dos Santos. Completa a lista dos acusados o bispo angolano Antonio Pedro Correia da Silva, ex-presidente da Universal no país africano.
O SIC informou ter recebido em 3 de dezembro de 2019 diversas denúncias contra membros brasileiros da Universal, subscritas por mais de 300 membros da instituição, entre eles, bispos e pastores.
No último dia 19, a TV Record teve suas atividades suspensas em Angola. Na época, a justificativa foi de que a emissora era dirigida no país por um estrangeiro, justamente Fernando Teixeira, enquanto a lei do país exigia que a função fosse de um angolano.
Rompimento dos angolanos
A maior parte dos religiosos angolanos da Universal já rompeu com a cúpula brasileira. Em junho de 2020, grupo local assumiu o controle de quase todos os 400 templos da igreja no país.
Os novos líderes angolanos da Universal acusaram a antiga direção brasileira de diversos crimes, incluindo racismo, fraude, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, expatriação de capitais e imposição de vasectomia aos pastores.
Pedido de ajuda a Bolsonaro
A situação litigiosa com a cúpula angolana fez com que o principal líder da Universal, Edir Macedo, buscasse ajuda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem já declarou apoio e com quem possui ótima relação. O chefe do Executivo brasileiro chegou a intervir junto ao presidente de Angola, João Lourenço, mas pouco adiantou.
As decisões da Justiça angolana tem sucessivamente frustrado a cúpula brasileira da igreja. Recentemente, 51 missionários sul-americanos foram comunicado pelo Serviço de Migração e Estrangeiros que deveriam deixar o país o mais rápido possível.
A Universal se diz vítima de um “golpe religioso” em Angola e acusa os novos líderes locais de serem "ex-pastores e bispos dissidentes afastados por envolvimento em denúncias e irregularidades", como "roubo, extorsão, adultério e até atentado contra menor de idade".