Lula faz 'mea culpa' de erros do governo Dilma, mas critica dupla Cunha-Aécio
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu erros na condução do governo de Dilma Rousseff (PT), principalmente na área econômica, durante a sabatina no Jornal Nacional, na TV Globo, na noite desta quinta-feira (25).
Questionado sobre como seria uma possível atuação e recuperação econômica caso seja eleito, assumiu que a gestão de sua sucessora falhou em querer regular artificialmente os preços dos combustíveis pela Petrobras.
"A Dilma cometeu equívocos, e ela sabe que eu tenho essa opinião. A Dilma cometeu equívocos no preço da gasolina. Ela cometeu erros na desonerações fiscal de tributos", respondeu Lula.
O petista, no entanto, apontou como culpados para parte do fracasso financeiro do governo Dilma a combinação da aliança de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, e Aécio Neves, senador da República na ocasião.
À época, os dois foram apontados como principais articuladores e responsáveis pelo movimento que resultou no impeachment da presidente.
"Quando ela (Dilma) tentou mudar, tinha a dupla Cunha e Aécio, que trabalharam para que ela não fizesse as mudanças. Ela mandava as MP (Medidas Provisórias) e eles reprovavam", completou.
SABATINA DO JORNAL NACIONAL
O Jornal Nacional, da TV Globo, realiza tradicionalmente a sabatina de perguntas com os candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas eleitorais.
A condução dos questionamento é feita pelos apresentadores do Jornal Nacional: William Bonner e Renata Vasconcellos. As entrevistas ocorrem nos estúdios da Globo no Rio de Janeiro.
A sabatina pela qual os candidatos serão submetidos é considerada fundamental por estrategistas das campanhas, que veem uma boa possibilidade de conseguir "furar a bolha" e expor suas ideias no telejornal de maior audiência do país. As sabatinas do Jornal Nacional preveem 40 minutos de participação de cada candidato.
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O primeiro presidenciável entrevistado foi o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro abriu a série de entrevistas na segunda-feira (22). Ciro Gomes, do PDT, foi o entrevistado de terça (23). Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta (25) e Simone Tebet (MDB) fechará a série, na sexta (26).
A seleção dos candidatos teve por base as cinco melhores colocações na pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha em 28 de julho: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e André Janones (Avante). Janones, no entanto, decidiu retirar sua candidatura.
A ordem das entrevistas e as datas foram decididas em um sorteio realizado em 1º de agosto com representantes dos partidos.
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