Lula promete punições por 'genocídio da covid no Brasil' no governo Bolsonaro
Presidente enfatizou que haverá punições e se solidarizou com famílias das vítimas
O presidente Lula (PT) afirmou em seu discurso de posse, no Congresso, que o governo Bolsonaro cometeu genocídio durante a pandemia da covid-19 e que as responsabilidades serão apuradas e os responsáveis serão punidos.
Lula subiu o tom do discurso ao falar da pandemia e fez defesa do Sistema Único de Saúde antes de falar das investigações.
"O período que se encerra foi marcado por uma das maiores tragédias: a Covid-19. Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar emergências sanitárias, graças ao SUS", afirmou Lula.
"Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes. O que nos cabe, no momento, é prestar solidariedade aos familiares de quase 700 mil vítimas", completou.
Veja horários da posse de Lula
13h45 - Chegada de convidados, chefes de Estado e de governo ao Congresso;
14h20 - Chegada do presidente eleito e vice-presidente à Catedral de Brasília;
14h30 - Desfile do cortejo presidencial em carro, da Catedral de Brasília ao Congresso Nacional, em percurso que deve durar 10 minutos;
14h40 - Recepção de Lula e Alckmin no Congresso pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado;
15h - Abertura da sessão solene de posse de Luiz Inácio Lula da Silva;
15h50 - Deslocamento do presidente e do vice para a Sala de Audiências da Presidência do Senado;
16h05: Saída do presidente da sala de audiências e início da cerimônia externa de honras militares;
16h20: Saída do presidente e do vice para o Palácio do Planalto.
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Quais chefes de Estado confirmaram presença na posse de Lula?
São os seguintes chefes de Estado:
Rei da Espanha, Filipe VI;
Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier;
Presidente da Angola, João Lourenço;
Presidente da Argentina, Alberto Fernández;
Presidente da Bolívia, Luis Arce;
Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves;
Presidente do Chile, Gabriel Boric;
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro;
Presidente do Equador, Guillermo Lasso;
Presidente da Guiana, Irfaan Ali;
Presidente de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló;
Presidente de Honduras, Xiomara Castro;
Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez;
Presidente do Peru, Dina Boluarte;
Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa;
Presidente do Suriname, Chan Santokhi;
Presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta;
Presidente de Togo; Faure Gnassingbé;
Presidente do Uruguai; Luis Alberto Lacalle Pou;
Para representar o presidente do México, virá a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller.
Além de chefes de Estado, virão vice-chefes de Estado, de governo e de poder, além de representantes especiais.
Ao menos nove governadores que assumiram neste dia 1º irão à cerimônia. Veja os confirmados:
Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia;
Elmano de Freitas (PT), governador do Ceará;
Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal;
Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão;
João Azevedo (PSB), governador da Paraíba;
Helder Barbalho (MDB), governador do Pará;
Rafael Fonteles (PT), governador do Piauí;
Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro;
Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte;
Por que Maduro não vem à posse Lula?
A visita foi cancelada cancelada na noite de sábado (31). Seguranças de Maduro já estavam em Brasília e a equipe de Lula não foi informada do motivo.
De acordo com Jamil Chade, do portal UOL, o cancelamento da viagem de Maduro acontece por conta das sanções americanas impostas sobre qualquer empresa que mantenha relações comerciais com o governo venezuelano “colocaram um obstáculo extra para o desembarque” de Maduro. "Empresas que reabasteceriam o avião de Maduro para permitir que ele volte ao seu país podem ser punidas pelo governo americano", explica a reportagem.
N sexta-feira (30), Jair Bolsonaro (PL) liberou a vinda do presidente da Venezuela ao Brasil para participar da posse.
Bolsonaro publicou a liberação em portaria interministerial no DOU (Diário Oficial da União), revogando a portaria de 2019, que impedia a entrada de Maduro e seus assessores em território brasileiro.