Lula quis escolher outro nome para chefiar a intervenção federal no DF
Presidente não pensou logo de cara no nome de Ricardo Cappelli
A primeira opção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal não era Ricardo Cappelli e sim Flávio Dino, ministro da Justiça.
Conforme apurado pelo Metrópoles, assim que optou pela medida, Lula pediu ao aliado, por telefone, que comandasse a intervenção. Dino, no entanto, ligou minutos depois para o petista.
Por que Dino não assumiu?
O ministro explicou ao presidente que, por ter se elegido senador nas eleições passadas, seu mandato poderia ser contestado judicialmente caso assumisse o posto de interventor.
Quem escolheu Cappelli?
Ao ouvir sobre a recusa de Dino, Lula perguntou quem poderia indicar para o comando da intervenção. Da janela de seu gabinete, o ministro viu Ricardo Cappelli, o secretário-executivo do ministério - número 2 da pasta -, conversando com um grupo de policiais militares na porta do prédio.
Ele cobrava, na ocasião, empenho dos agentes para conter e prender os bolsonaristas extremistas que invadiram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome de Cappelli foi:
Sugerido por Flávio Dino;
Avaliado pelo ministro Alexandre Padilha, da Secretaria das Relações Institucionais;
Aceito por Lula.
Quem é Ricardo Cappelli?
Nascido em 1972, é jornalista e especialista em administração pública;
Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE);
Ocupou cargos nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal).
Foi filiado durante mais de 20 anos ao PCdoB, mas anunciou a desfiliação do partido em 2021;
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