Lula revoga privatização de Correios e Petrobras
Dentre as empresas que passariam por privatização e não passarão mais estão os Correios, a Dataprev e a Petrobras;
Lula ressaltou a importância dos bancos públicos no novo "ciclo econômico";
Processo de privatização foi iniciado no governo Bolsonaro.
Em seu primeiro dia como presidente do Brasil, ainda em seu momento de posse, Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que revoga as privatizações de empresas públicas iniciadas no governo anterior. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (02).
O presidente afirmou que é necessário "assegurar uma análise rigorosa dos impactos da privatização sobre o serviço público ou sobre o mercado". Ao todo, Lula impediu que oito instituições fossem vendidas à iniciativa privada. São elas:
I - a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT;
II - a Empresa Brasil de Comunicação - EBC;
III - a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência - Dataprev;
IV - o Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. - Nuclep;
V - Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro;
VI - os armazéns e os imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab constantes do Anexo
VII - a empresa Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras; e
VIII - Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. - PréSal Petróleo S.A. - PPSA.
Papel dos bancos públicos
Em seu discurso de posse, Lula também declarou que os bancos públicos terão um "papel fundamental" na economia brasileira, que entrará em um "novo ciclo". Segundo o presidente, seu trabalho na economia terá como objetivo "dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver comércio, exportações, serviços, agricultura e indústria".
"Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação como a Petrobras terão um papel fundamental nesse novo ciclo. Ao mesmo tempo, vamos impulsionar as pequenas e médias empresas, potencialmente as maiores geradoras de emprego e renda."
Como estão sendo os primeiros dias do governo Lula?
Lula (PT) assumiu em 1º de janeiro em uma posse marcada por poucas quebras de protocolo
Na principal dessas quebras, 7 pessoas representando a diversidade passaram a faixa ao novo presidente
No discurso ao povo, ouviu gritos de 'sem anistia' quando falou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Suas primeiras decisões tomadas foram relativas a revogação de diversos decretos de Bolsonaro
As mudanças relativas à posse de arma foram as mais significativas; veja o que mudou
As privatizações dos Correios e da Petrobras também foram revogadas
Já em sua primeira segunda-feira (2), Lula anunciou que sua 1ª viagem oficial será à Argentina
Outro efeito da posse de Lula foi o esvaziamento de diversos acampamentos golpistas
Nova ministra da Saúde, Nísia Trindade usou também a segunda (2), seu primeiro dia de trabalho, para revogar decretos de Bolsonaro na área
Qual Lula devemos esperar para os próximos anos? Deysi Cioccari faz a análise; assista