As reeleições dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram celebradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ambos os candidatos contavam com o apoio do Palácio do Planalto, que, agora, vê com otimismo o avanço da articulação de pautas para o terceiro mandato do petista.

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha encabeçou durante o último mês a formação da base do governo no Parlamento e, segundo o portal Metrópoles, teria dito a aliados que Lula contará com apoio amplo para debate de projetos, não apenas uma base de defesa.

Alívio no Senado

Auxiliares do presidente exaltara as reeleições, vistas como vantajosa para o governo, mas, em especial, comemoraram o triunfo de Pacheco no Senado.

Apesar do favoritismo à reeleição, o pleito foi bem mais apertado do que na Câmara, e o senador enfrentava um candidato - Rogério Marinho (PL-RN) - que vinha angariando votos nos últimos dias.

Além disso, a base bolsonarista no Senado é maior e mais consolidada. Por isso, um assessor do Palácio do Planalto classificou como "um alento" o triunfo de Pacheco.

Meta é minar resistência

Apesar das vitórias em ambas as frentes, Lula sabe que enfrentará resistência no Congresso Nacional e já projeta formas de miná-la.

Por isso, o presidente planeja intensificar os encontros com deputados e senadores da oposição nas próximas semanas, com o objetivo de:

• viabilizar sua governabilidade

• aprovar pautas de interesse da nova gestão

Lula parabenizou Lira

Após o triunfo de Lira na última quarta, Lula entrou em contato com o presidente da Câmara para parabenizá-lo e agendar um encontro para os próximos dias.

Segundo informações do Blog da jornalista, Andréia Sadi, na conversa, brincou: disse para Lira arrumar um "pouquinho" dos votos para ele, em referência à necessidade de ter um expressivo número de votos para aprovar matérias de interesse do governo na Câmara.

Em resposta, o presidente da Câmara, que foi reeleito com 464 votos a favor, recorde nas eleições da Casa, sorriu e brincou de volta, dizendo para o presidente ficar tranquilo — porque votos ele tinha de sobra.