Macron alfineta Brasil e diz que UE não assinará tratados com quem desrespeitar Acordo do Clima
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- Emmanuel MacronPolítico, funcionário público e banqueiro francês, 25.º Presidente da França
Emmanuel Macron fez um longo discurso nesta quarta-feira (19) no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Ao ser questionado sobre o engajamento ambiental da presidência francesa na União Europeia, o chefe de Estado criticou o Mercosul e principalmente o Brasil pelo desrespeito ao Acordo do Clima de Paris.
Esse foi o primeiro discurso de Emmanuel Macron no Parlamento Europeu desde o início da presidência rotativa da França, em 1° de janeiro. Ele fez um pronunciamento defendendo a soberania europeia e saudando a eficácia do bloco diante da pandemia de Covid-19.
O chefe de Estado dedicou parte de sua fala às relações da UE com a Rússia, principalmente diante das tensões na fronteira com a Ucrânia e a queda de braço entre Moscou e a Aliança Atlântica. O líder francês disse que é preciso criar uma "nova ordem de segurança" na Otan contra a Rússia e pediu um "diálogo franco" com o governo russo.
Críticas à política francesa
Após o discurso, alguns eurodeputados se pronunciaram. O líder francês do grupo ecologista, Yannick Jadot, atacou severamente Macron sobre a postura do chefe de Estado diante da China e a defesa dos Direitos Humanos, criticou a política migratória de Paris e contestou a estratégia ambiental da França.
“O senhor entrará para a História como o presidente da falta de ação sobre o clima”, disse Jadot. “O senhor prefere protelar, como Meryl Streep no filme Don't look up, ao invés de soar o alarme para uma mobilização geral”, completou, em referência ao mais recente filme no qual a atriz americana interpreta uma presidente dos Estados Unidos diante de uma catástrofe iminente.
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