Megatraficante procurado pela Interpol atuava como 'pescador', diz polícia colombiana
Megatraficante era procurado há anos pela Justiça do Amazonas e até a Interpol
Ele chegou a ser preso em 2016, mas conseguiu fugir no ano seguinte
Celsinho do Compensa morreu após ser baleado em um restaurante na Colômbia
Morto a tiros na última quinta-feira (16) em Letícia, na Colômbia, o narcotraficante brasileiro Afonso Celso Caldas de Lima atuava na região como “comerciante de pescado”, de acordo com a polícia local.
Conhecido como Celsinho do Compensa, o criminoso era foragido da Justiça do Amazonas, que o condenou a 24 anos de prisão por tráfico de entorpecentes.
Ele também era considerado um dos maiores exportadores de cocaína da América do Sul, procurado pela Interpol e possuía um pedido de extradição da Justiça dos Estados Unidos.
Na quinta-feira, ele estava em um restaurante na cidade colombiana, que faz fronteira com Tabatinga, no Amazonas, quando foi baleado. Os disparos deixaram outros dois feridos, sendo um advogado brasileiro, e mataram uma turista holandesa.
Celsinho do Compensa chegou a ser preso em 2016 durante a Operação La Muralla, que investigou o tráfico de drogas da Colômbia para o Brasil, mas fugiu da cadeia no ano seguinte.
Posicionamento colombiano
Questionada pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, a polícia colombiana mostrou desconhecer qualquer indício de atividade ilegal exercida pelo traficante.
“Não vemos essa ligação, a não ser em transporte. Aí, pode haver um complemento entre o narcotráfico e a pesca”, disse o coronel William Lara. “Reitero que, na Colômbia, o conhecíamos como comerciante de pescado, e só depois, falando com autoridades do Brasil e do Peru, soubemos que tinha uma longa ficha criminal.”
Segundo o jornal El País, o brasileiro mantinha ligações com o cartel de Clan del Golfo e com o grupo paramilitar Los Puntilleros, ambos da Colômbia.