Menina de 12 anos, que saiu uniformizada e com mochila para ir à escola, desaparece em Sepetiba
Um relacionamento pela internet pode estar por trás do desaparecimento de Alessandra Rangel Coelho Santana, de 12 anos, que saiu de casa, uniformizada e com mochila, em Sepetiba, para ir à Escola municipal Ginásio Professor Neemias Rodrigues de Melo, às 6h30 desta segunda-feira, e não retornou. Pai da menina, o açougueiro Alessandro Alves de Assis Santana, de 36 anos, conta que, no ano passado, flagrou a filha em conversa pela rede social TikTok com um rapaz, que seria do Maranhão.
— Soube que ela dizia para amigas que o rapaz seria namorado dela. Diziam que se chamava Eduardo e tinha cerca de 16 anos — afirma ele. — Quando soube disso, deixei minha filha quatro meses sem celular. Mas, como passou a ficar deprimida, eu e a mãe conversamos com ela, que prometeu não falar mais com o rapaz. E devolvemos o celular. Estamos desesperados, arrasados.
A família soube pelo pai de uma aluna da escola que Alessandra não chegou a entrar no colégio. Teria ficado no portão, de onde teria saído acompanhada de um rapaz. Colegas da garota deram informações diferentes sobre o local para onde teria ido.
— Uma disse que ela foi para Minas, outra para o Maranhão. Uma terceira que estava em Manguariba, perto de Santa Cruz — explica Alessandro.
Segundo o pai, Alessandra costuma passar os dias no quarto isolada:
— Ela costumava chegar da escola, ir para o quarto e às vezes nem saía para almoçar.
Ainda conforme o pai, o celular de Alessandra está desligado. A família acredita que ela tenha levado na mochila um vestido rosa e um tênis novo.
— Triste também é em meio ao desespero passarem trote para nós. Chegaram a mandar mensagem falsa, dizendo que ela tinha sido abusada e estava num hospital — acrescenta Alessandro, que tem mais duas filhas, de 18 e 16 anos, do primeiro relacionamento.
Alessandro fez o registro do desaparecimento na 43ª DP (Sepetiba), que encaminhou o caso para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros. De acordo com Luiz Henrique de Oliveira, gerente do programa SOS Crianças Desaparecidas da FIA, casos como o de Alessandra vêm ocorrendo com frequência:
— Têm chegado a nós várias histórias de crianças que desaparecem atrás de alguém que conhecem pela internet.