Menina de 4 anos baleada na cabeça em Curicica segue em estado gravíssimo
Permanece em estado gravíssimo a menina Alice da Silva Rocha, de 4 anos, baleada na cabeça após voltar da escola, na última quarta-feira, dia 1º, em Curicica, na Zona Oeste do Rio. A criança segue internada no Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, onde passou por cirurgia para estancar a pressão craniana. Segundo o Boletim de Atendimento Médico (BAM) da unidade, a lesão por perfuração por arma de fogo não registra saída do projétil. Dessa forma, investigadores da Polícia Civil acreditam que futuramente seja possível um confronto balístico para identificar a arma de onde partiu o tiro.
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Alice foi atingida durante um tiroteio entre agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e supostos milicianos que estariam extorquindo moradores. Ela foi socorrida por um primo e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Taquara, mas precisou ser transferida para o Hospital municipal Miguel Couto.
As armas dos policiais envolvidos no confronto foram apreendidas. São três fuzis calibre 556. Os agentes também conseguiram apreender uma pistola calibre 9 milímetros que teria sido abandonada pelos criminosos que estavam no carro de onde também foram feitos disparos. Durante a ação, os agentes prenderam Marcos Aurélio Marques de Almeida, o Neguinho do Gás. Ele estava com a arma encontrada.
Na noite de quinta-feira (2), parentes da menina fizeram uma vigília próximo do local onde ela foi baleada. O grupo fez orações. Horas antes, peritos do Instituto Identificação Félix Pacheco (IIFP) estiveram onde Alice foi alvejada. No momento em que foi ferida, ela comprava pipoca quando voltava da escola acompanhada da mãe.
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De acordo com a Polícia Civil, quem atirou na criança foram os supostos bandidos. Em nota, a instituição afirmou que “imagens de câmeras de segurança foram apreendidas e serão analisadas para identificar os criminosos que atiraram contra os agentes e esclarecer a origem do disparo que atingiu a vítima”.
Ainda de acordo com o texto, “testemunhas e dois moradores, vítimas dos milicianos acusados de extorsão, prestaram depoimento. As investigações estão em andamento para elucidar os fatos, identificar e prender todos os envolvidos na ação criminosa”.