Microsoft cobrirá despesas para funcionários que busquem serviços de aborto
Suprema Corte dos Estados Unidos estaria querendo revogar lei que garante direitos reprodutivos
Empresas anunciaram que ajudarão colaboradores que quiserem encerrar uma gestação indesejada
Microsoft disse que apoiará os funcionários no acesso a cuidados de saúde críticos
Após o vazamento de um rascunho de parecer da Suprema Corte dos Estados Unidos, que sugere a derrubada da decisão que concedeu aos norte-americanos o direito ao aborto, grandes empresas passaram a se posicionar em defensa dos direitos sexuais e reprodutivos de pessoas com útero.
Dessa vez, foi a Microsoft que entrou para a lista de companhias que se comprometem a ajudar funcionários a viajar para ter acesso ao término de uma gestação indesejada.
A empresa anunciou em comunicado à Reuters e à Bloomberg que “apoiará os funcionários e seus dependentes inscritos no acesso a cuidados de saúde críticos – que já incluem serviços como aborto e cuidados de afirmação de gênero – independentemente de onde morem nos EUA”.
Caso a decisão seja derrubada, 23 estados têm leis sobre o assunto que podem proibir ou limitar o acesso ao procedimento, como no Texas, que tem uma das legislações mais rígidas do país e proíbe o aborto após seis semanas de gravidez. Um levantamento divulgado recentemente pela BBC News mostrou que cerca de 1.400 mulheres viajavam para fora do Estado para fazer abortos mensalmente.
“Esse suporte está sendo estendido para incluir assistência a despesas de viagem para esses e outros serviços médicos onde o acesso aos cuidados é limitado em disponibilidade na região geográfica de origem de um funcionário”, anunciou a empresa fundada por Bill Gates.
Até o momento, Amazon, Tesla, Yelp e Citigroup já se posicionaram dizendo que prestarão assistência aos colaboradores que solicitarem ajuda para garantir o direito de decidir se quer levar uma gestação até o fim.