Ministra de Lula recebeu dinheiro de secretários do marido em eleição
Daniela Carneiro também foi acusada de manter elo com milicianos
Ministra do Turismo contou com apoio financeiro de secretários da prefeitura de Belford Roxo em 2018;
Prefeitura era comandada por seu marido, o Waguinho;
Daniela Carneiro também é acusada de manter elo político com chefes de milícias no Rio de Janeiro.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), contou com apoio financeiro de secretários da prefeitura de Belford Roxo em sua primeira eleição para deputada federal, em 2018. A prefeitura é comandada por seu marido, Wagner Carneiro, o Waguinho (União Brasil).
Ao menos quatro secretários contribuíram com R$ 10 mil ou mais, além do ex-vice-prefeito da cidade. Assessores em cargos menores também ajudaram, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Veja os principais doadores:
Marcio Canella, ex-vice-prefeito de Belford Roxo: R$ 104 mil;
Odair Almeida, secretário de Obras: R$ 20 mil;
Rogerio Passos, secretário do Tesouro: R$ 17 mil;
Braulino Vieira, secretário da Defesa Civil: R$ 10 mil;
Ana Maria Titonel, secretária adjunta de Obras: R$ 10 mil.
Nas eleições de 2022, a ajuda de membros da administração de seu marido não foi tão significativa quanto em 2018. Dessa vez, a maior contribuição foi de Waguinho, que repassou R$ 20 mil a Daniela.
Ligação com chefes de milícias
A ministra escolhida por Lula protagoniza o primeiro desgaste no novo governo. Ela é acusada de manter elo político com chefes de milícias no Rio de Janeiro.
Em 2018, Daniela fez campanha ao lado de Juracy Alves Prudêncio, o Jura, miliciano condenado por homicídio.
Em 2022, Fábio Augusto de Oliveira Brasil, conhecido como Fabinho Varandão, também pediu votos para Daniela. Ele é réu por extorsão e porte ilegal de arma de fogo e acusado de chefiar um grupo que ameaçava moradores e explorava serviços clandestinos de internet em bairros de Belford Roxo.
A assessoria de Daniela declarou que ela recebeu apoio em vários municípios na campanha de 2018 e que isso não significa que compactue com qualquer apoiador que tenha cometido ato ilícito.