Ministro dos Direitos Humanos convoca reunião para apurar trabalho escravo em vinícolas do RS
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, convocou uma reunião da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) para apurar o caso dos mais de 200 trabalhadores resgatados em situação de trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul na semana passada.
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Eles trabalhavam para a empresa Fênix Prestação de Serviços, administrada por procuração por um dos sócios da Oliveira & Santana, que fornecia mão de obra terceirizada para vinícolas da região, como Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi. Os trabalhadores são de outros estados e foram levados por intermediadores para trabalhar na colheita da uva na região.
Segundo Almeida, que está participando de uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU na Suíça, foi instaurado um procedimento administrativo para apurar o episódio e garantir apoio aos trabalhadores.
"O caso dos trabalhadores resgatados em situação semelhante à de escravo em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, mostra a necessidade de uma Política Nacional de Direitos Humanos”, pontuou.
O Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul informou que os resgatados já receberam parte das suas verbas rescisórias e que a maioria já retornou para seus estados de origem.
Em nota, as vinícolas disseram que desconheciam as irregularidades praticadas contra os trabalhadores recrutados.