Moraes pede que prisão do ex-comandante da PMDF seja revogada

Fábio Augusto Vieira foi detido após atos golpistas de 8 de janeiro

Também foi Moraes quem pediu a prisão do ex-comandante da PMDF, Fábio Vieira
(Reprodução/PMDF)
Também foi Moraes quem pediu a prisão do ex-comandante da PMDF, Fábio Vieira (Reprodução/PMDF)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), acatou na segunda-feira (30) um pedido para revogar a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Augusto Vieira.

A solicitação foi feita pela defesa de Vieira e foi encaminhada à PGR (Procuradoria-Geral da União), que tem 24 horas para se manifestar.

O ex-comandante foi preso dois dias após os atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Na ocasião, a ordem foi dada por Moraes, atendendo ao pedido feito pela AGU (Advocacia-Geral da União), que acusa Vieira de negligência.

O que diz a defesa?

Os advogados argumentam que:

  • Vieira não participou do planejamento da operação de segurança, portanto não tem responsabilidade no que aconteceu;

  • O militar se envolveu pessoalmente na tentativa de impedir a invasão e depredação dos prédios;

  • Isso fez com que ele fosse ferido na cabeça e no corpo;

  • Ele foi o responsável por recuperar itens simbólicos, como o crucifixo do plenário do STF;

  • Também teria apagado focos de incêndio no interior do STF e do Senado;

  • Apesar de comandante-geral, ele não era o comandante da operação do dia 8 de janeiro;

“A despeito das falhas de planejamento —que não são atribuíveis ao Requerente [Vieira]—, ele atuou em campo e se utilizou de todos os meios disponíveis para evitar o resultado, dando ordens, entrando em combate, colocando em risco e prejudicando sua integridade física”, aponta a defesa.

Os advogados também alegam que “as informações repassadas pelo DOP eram no sentido de que o efetivo policial a ser empenhado naquela data era suficiente e que o ânimo da manifestação seria pacífico, de modo que o requerente não teria motivo legítimo para desconfiar de sua inveracidade”.

Depois dos atos, Vieira foi exonerado do cargo pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli.