Enem: 7 erros do ministro da Educação para você não errar na hora da redação
Em menos de um ano à frente da pasta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, já cometeu diversas gafes e erros gramaticais que viralizaram na internet e se tornaram notícia nas redes sociais e na mídia em geral.
O que não falta é gente dizendo que ele reprovaria no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Relembre algumas “escorregadas” de Weintraub e veja as correções. Se você vai prestar o Enem ou alguma outra prova, fique atento e evite os erros a seguir.
Leia mais sobre o ENEM 2019
Saiba quais são as principais universidades federais que aceitam o Enem
Enem: nutricionista dá dicas de alimentação para os dias de provas
Universidade Estadual da Bahia tem sistema de cotas amplo e aceita o Enem
UFPA aceita o Enem e oferece “bônus” para alunos da Região Norte
1. Concordância verbal
No filme ‘Cantando na Chuva’, Gene Kelly pendurava-se num poste em uma noite de chuva. Em um vídeo divulgado em seu Twitter, Weintraub faz referência ao musical aparecendo com guarda-chuva na mão e anunciando a suposta "chuva de fake news" que teria acometido o MEC. A fala, no entanto, chamou atenção por um erro de concordância verbal. Ele falou:
“haviam emendas parlamentares de R$ 55 milhões...”
O erro: o verbo haver não flexiona quando empregado no sentido de existir, sendo impessoal. O correto seria: “Havia emendas parlamentares de R$ 55 milhões...”
2. Uso da crase
Ao longo dos meses a frente do Ministério da Educação, Weintraub já cometeu diversos erros de ortografia, como:
Não vou abrir mão de minha carreira de professor. Qual alternativa à 1 semana de férias? Qual o custo fiscal? NÃO HÁ!! Globo/marinho, deixe de mentiras e populismo barato! tenho 3 filhos, estou no Governo Federal há 8 meses e sou professor há 5 anos! Tenho férias acumuladas!
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) July 24, 2019
O erro: não existe a crase em “a 1 semana de férias”
3. Ortografia: uso do hífen
Os jornalistas que não agiram de má fé (exceto globo/marinho) deveriam estudar antes de falar. Não fazendo NADA errado, já há centenas de miras laser em minha cabeça! Caso eu faça qualquer coisa ilegal ou imoral (não faço por caráter), não duro 5 minutos.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) July 24, 2019
Correção: má-fé tem hífen.
Mais pontos a reforçar: Sou bem humorado, porém, não faço piada com dinheiro suado do pagador de impostos; Não estou aqui para ganhar dinheiro ou arrumar emprego em faculdade privada com a qual interagir como ministro; estou aqui para arrumar o "belo trabalho que o PT fez";
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 28, 2019
O erro e a correção: a palavra “bem-humorado” possui hífen. Além disso, sempre após os sinais “dois pontos” e “ponto e vírgula”, a palavra deve iniciar com letra minúscula.
4. Ortografia: troca de C por S
Weintraub foi acusado de curtir um post que prega a violência contra estudantes. Ao defender sua atitude, o ministro derrapou na gramática. Depois de receber muitas críticas, ele apagou o tuíte e postou novamente, já com a devida correção. O primeiro post foi escrito assim:
“Há uma série de fake news envolvendo meu nome, algumas calúnias nas quais eu insitaria a violência”
Correção: “Há uma série de fake news envolvendo meu nome, algumas calúnias nas quais eu incitaria a violência”
Explicação: Ele trocou a letra "c" por "s", grafando errado a palavra incitaria.
5. Confusão com vírgulas
Este é o meu irmãozinho Arthur. Somos muito ligados um ao outro. Sempre foi o mais inteligente e eu o mais bonito 😉. Cuidem bem dele e que Deus proteja a todos. https://t.co/Dojt5WYH0U
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 6, 2019
Os erros: faltou a vírgula indicando que palavras foram eclipsadas: “Eu, o mais bonito”. A vírgula é obrigatória antes da conjunção “e” quando há orações aditivas de sujeitos diferentes.
Correção: “Cuidem bem dele, e que Deus proteja a todos”.
6. Derrapada na conjugação verbal
Ministro deixa no chão a compostura e deita na liturgia do cargo! Hoje, durante o horário de almoço, tive o prazer de reencontrar com minhas amigas e amigo do coral no MEC! Qual a opinião dos antigos ministros? 😉 pic.twitter.com/OLzgsptd8L
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) August 20, 2019
O erro: reencontrar é verbo transitivo direto, cujo complemento, ou seja, o seu objeto, não exige preposição.
Correção: “Reencontrar minhas amigas e amigo do coral no MEC!”
7. Troca de palavras
O ministro escreveu em um tweet em 27 de junho:
“Tranquilizo os "guerreiros" do PT e de seus acepipes: o responsável pelos 39 kg de cocaína NADA tem a ver com o Governo Bolsonaro. Ele irá para a cadeia e ninguém de nosso lado defenderá o criminoso. Vocês continuam com a exclusividade de serem amigos de traficantes como as FARC”.
O erro: ao comentar o caso envolvendo um militar preso com cocaína, o ministro da Educação usou o termo "acepipes", o que deixou o texto sem compreensão. Ele queria dizer "asseclas", termo que significa seguidor ou partidário. Acepipe é uma palavra mais saborosa. Ela se refere a um petisco, em geral um prato servido como entrada de refeição.
Em uma sessão no Senado, o ministro cometeu uma gafe inusitada: confundiu o escritor Franz Kafka (1883-1924) com um prato da culinária árabe, kafta (preparado com carne moída, cebola e hortelã picada):
“Eu sofri na pele um processo inquisitorial. E fui inocentado. Durante oito meses eu fui investigado, processado e julgado num processo inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do cafta ou na Gestapo”.
O escritor Franz Kafka é autor de obras consagradas como ‘A Metamorfose’ e o termo kafkiano passou aos dicionários designando algo absurdo.