No Salgueiro, mestre-sala e porta-bandeira 'atletas' usam método de preparo físico especial para a Avenida

Prestes a comemorar três décadas de parceria, o casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro, Marcella Alves e Sidclei Santos, brilhou na Sapucaí não só devido a sua dança, mas também pelo preparo físico apresentado durante o desfile. Marcella, que é bailarina e professora de Educação Física, conta que desenvolveu um método específico para a passarela como projeto de conclusão de curso na faculdade. Nos últimos anos, além de aplicá-lo para si mesma, tem feito escola, com adesão de outros casais às atividades físicas.

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Na Avenida, os rodopios de Marcella e o gingado de Sidclei deixaram claro o efeito dos preparativos especialmente pensados para o bailado na Sapucaí. Para Marcella, o cansaço afetaria diretamente a qualidade técnica do movimento.

— Antes, as pessoas se preocupavam mais com a parte artística e histórica. Com a competição, as coisas ficaram cada vez mais intensas, e as coreografias mais elaboradas — diz a porta-bandeira.

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Com incentivo do preparador físico Bruno Germano, o casal começou a focar em treinos de agilidade, potência e coordenação motora, fundamentais na execução das coreografias.

— A gente eleva a nossa frequência cardíaca o mais alto que conseguimos. Então recuperamos dançando de uma forma suave, o que tentamos fazer na Sapucaí. Damos todo o gás na frente dos jurados — explica Marcella.

Os vídeos do treinamento da dupla salgueirense faz sucesso nas redes sociais. A rotina intensa passou a influenciar outros casais de mestre-sala e porta-bandeira.

Com quase 20 mil seguidores no Instagram cada, Marcella e Sidclei compartilham a rotina exaustiva e a relação motivadora que nutrem.

“E quando a gente acha que já chegou no limite da exaustão, ele fala: respira, sorriso no rosto, concentração, vontade, garra e vai que dá”, escreveu a dançarina em uma das publicações.

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Marcella divide sua rotina com parceiro de Avenida, Sidclei, que defende a dança como exercício. Apaixonado por musculação e atividade física, o mestre-sala afirma que a metodologia ajuda muitos outros casais nos desfiles.

— Hoje, nós somos atletas e fico muito feliz de todos os casais reproduzirem o que eu e Marcella começamos juntos — ressalta Sidclei.

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Na visão do mestre-sala, todo dançarino é um atleta, já que durante as competições carnavalescas cada detalhe do desempenho na Avenida importa:

— A avaliação dos jurados evoluiu muito nos últimos anos e a dança teve que acompanhar. Nós tivemos que nos reinventar.

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O bailarino já tem planos para o próximo carnaval:

— Pensamos em ter um monitoramento nos desfiles para monitorarmos nossa pulsação e nível de adrenalina, por exemplo.