'Nós empoderamos as mulheres', diz Ciro sobre vice de chapa presidencial
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, declarou que deve ter uma mulher como vice de chapa. Durante convenção do partido em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (4), o ex-ministro falou que já tem nomes “extraordinários” para a composição que deve ser anunciada na sexta-feira (5).
"Temos nomes extraordinários, estamos cogitando a ex-reitora da USP, Suely [Vilela], a delegada Martha Rocha, do Rio de Janeiro, a Ana Paula [Matos], vice-prefeita de Salvador, Isabella de Roldão, vice-prefeita de Recife. E eu poderia dizer aqui mais uns 100 nomes, porque nós aqui do PDT, nós empoderamos as mulheres", afirmou o pré-candidato, em discurso.
No evento, foram lançadas as candidaturas de Elvis Cezar para o governo de São Paulo, que tem Gleides Sodré como candidata à vice-governadoria.
Essa é a quarta vez que o ex-governador do Ceará disputa a Presidência. Ele também concorreu em 1998, 2002 e 2018, e nunca chegou ao segundo turno.
Na corrida atual, segundo o Datafolha, Gomes segue como o terceiro colocado, com 8% das intenções de voto. Ele fica atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 29%, e do ex-presidente Lula (PT), que lidera com 47%.
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Contradição
Apesar do discurso pró-feminista, Ciro é acusado de agir contra a candidatura da ex-correligionária Izolda Cela, no Ceará, estado de origem da família Gomes.
A atual governadora do estado pretendia concorrer à reeleição, após assumir o cargo deixado por Camilo Santana (PT) que foi concorrer a uma vaga no Senado.
Contudo, durante convenção do PDT cearense, uma votação decidiu pelo nome de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza e favorito de Ciro para assumir o posto.
A escolha é creditada principalmente à força política do presidenciável, já que até mesmo os irmãos dele, Senador Cid Gomes e Ivo Gomes, prefeito de Sobral (CE) estariam mais inclinados à candidatura de Izolda.
A decisão foi estopim para um racha com o PT no estado, com o qual o PDT mantinha aliança vitoriosa há 16 anos.
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