Coronavírus já matou mais de 1.300 em Nova York e mudou a cidade completamente
Em 20 dias, Nova York se transformou. Desde a primeira morte por covid-19 registrada na cidade, em 14 de março, até agora, foram mais de 1.370 vítimas fatais. As avenidas e ruas, os pontos turísticos, a Times Square, o Central Park. Nada mais é como antes na cidade que se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos.
O parque mais famoso do mundo hoje abriga um hospital de campanha, com tendas que reúnem 68 leitos. Nas margens do rio Hudson, mais precisamente no Pier 90, a uns 20 minutos de caminhada do Central Park, um navio-hospital da Marinha pintado de branco com enormes cruzes vermelhas ancorou nesta semana para atender pacientes com covid-19 em seus 1.000 leitos.
O prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, disse nesta quarta (1º) que o mês de abril deve ser ainda pior para os nova-iorquinos. Segundo ele, o sistema de saúde ainda vai precisar de 65 mil leitos adicionais até o fim do mês.
Na segunda-feira, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, já havia pedido a profissionais de saúde dos Estados Unidos que viajassem para Nova York para reforçar o atendimento nos hospitais. “Por favor, venham nos ajudar em Nova York agora. Precisamos de ajuda”, declarou Cuomo.
Veja como o coronavírus transformou Nova York.

Os enormes gramados do Central Park agora abrigam tendas que atenderão pacientes com covid-19.

E, enquanto isso, o parque, um dos principais pontos turísticos e de lazer para os moradores, está em grande parte fechado. Seus 3,4 km² estão assustadoramente vazios, num cenário sem precedentes.

A paisagem também mudou na margem do rio Hudson. O imenso navio-hospital com 1.000 leitos chegou nesta semana a Nova York e ficará ancorado no Pier 90, a 20 minutos de caminhada do Central Park.
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Uma das primeiras imagens de Nova York a chocar o mundo, no entanto, foi a da Times Square praticamente vazia devido às políticas de isolamento social. A região de junção da Broadway com a 7ª Avenida, que vai da rua 42 à rua 47, recebia aproximadamente 330 mil pessoas todos os dias, até agora.


Os poucos estabelecimentos que ainda hoje seguem abertos na Times Square, estão assim, às moscas.

Uma cena inacreditável em tempos normais: o metrô de Nova York vazio na estação da Times Square, uma das mais movimentadas da cidade.

Na mesma altura, mas do lado leste de Manhattan, a Grand Central, um dos principais hubs do sistema de metrô - além de importante ponto turístico - também fica boa parte do dia assim agora: quase vazia. A foto abaixo foi tirada ao meio-dia da última terça-feira, 31. Diariamente, ela costuma receber cerca de 750 mil pessoas.

Do lado de fora da Grand Central, uma vista da Park Avenue, importante via de Manhattan, sem qualquer movimento em plena tarde de quarta-feira (1º).

Outro cenário impensável: as escadarias do Met, o Metropolitan Museum, vazias. Num dia comum, elas ficam abarrotadas de turistas. O Met recebe 7,4 milhões de visitantes por ano.

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