Novo presidente da Petrobras será oficializado nesta quinta
Senador Jean Paul Prates deve assumir como presidente interino
(REUTERS/Adriano Machado)
O senador Jean Paul Prates (PT) deve ser oficializado como presidente interino da Petrobras e membro do Conselho na próxima quinta-feira (26). A informação foi obtida pelo blog da Ana Flor, do g1, junto a fontes que acompanham o processo dentro da estatal.
O petista foi indicado pelo presidente Lula (PT) em 30 de dezembro para o comando da Petrobras. A confirmação aconteceu no dia 12, em ofício do Ministério de Minas e Energia.
Nesta terça-feira (24), a Petrobras soltou uma nota em que confirma a reunião do Conselho de Administração na quinta-feira e pontua que "um dos assuntos em pauta é a indicação do Sr. Jean Paul Prates para a presidência da companhia".
Antecipação. Nos trâmites normais, Prates só assumiria a petroleira entre fim de março e abril. Entretanto, o governo fez articulações para antecipar o processo – sendo que uma das urgências é dar a cara da política de preços dos combustíveis no governo Lula.
Na quinta, o conselho deve primeiro aprovar Prates como membro do Conselho;
Depois, na mesma reunião, nomeá-lo presidente interino;
Ele fica como interino que seu nome seja referendado pela assembleia de acionistas, marcada para abril;
Há a possibilidade de os conselheiros convocarem uma assembleia extraordinária, que seria realizada dentro de trinta dias.
Projeções. Cinco dos conselheiros são indicados pelo governo, quatro de acionistas minoritários e um representante dos funcionários. Nesse cenário, Prates já teria garantido a maioria dos votos.
A expectativa é de que, no comando da Petrobras, realize mudanças nos cargos de direção.
Durante a campanha, ele defendeu uma política de preços para os combustíveis baseada em três pilares:
Preço de referência estabelecido pela ANP;
Conta de estabilização para momentos críticos;
Criação de estoques estratégicos, mas não obrigatórios.
Aumento na gasolina. Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,47% no preço do combustível vendido às distribuidoras. A mudança entra em vigor amanhã (25).
Atualmente, a estatal adota como referência para os reajustes no combustível o PPI (Preço de Paridade de Importação), que leva em conta a variação do peço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. O preço final ao consumidor ainda contabiliza outros itens. Saiba mais aqui.