Oi vai entrar com novo pedido de recuperação judicial nos próximos dias, dizem fontes
A Oi vai entrar nos próximos dias com pedido de recuperação judicial, de acordo com fontes. Será a segunda vez desde 2016 que a companhia vai encarar um processo judicial para renegociar suas dívidas, hoje em R$ 33 bilhões.
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No dia 2 deste mês, a Oi obteve na Justiça uma proteção contra os credores por 30 dias. Na petição enviada na véspera para a 7ª Vara Empresarial do Rio, a tele afirmou não ter recursos para pagar uma dívida de R$ 600 milhões com vencimento no último dia 5. Se o pagamento não fosse feito, iria ocorrer vencimento antecipado "da quase totalidade da dívida financeira" da empresa.
Nas últimas semanas, destacaram fontes do setor, a Oi vem costurando um acordo com os credores, inclusive nos dias de carnaval. A ideia é que dentro do prazo de 30 dias um acordo já esteja costurado e que fique “apenas pendente de formalização” no âmbito da recuperação judicial.
Assim, com uma nova recuperação judicial e o acordo, a Oi consegue se manter protegida dos vencimentos a curto prazo da dívida dos credores, o que já foi obtida com a cautelar no início de fevereiro.
Fazem parte da lista de credores instituições como Bank of New York Mellon, que administra títulos de dívida da Oi adquiridos por uma série de investidores, além de bancos como o China Development Bank, Itaú, Bradesco, Santander, entre outros.
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Nas duas últimas semanas, os bancos partiram para o ataque contra a Oi. Bradesco, Itaú, Caixa, Banco do Brasil e China Development Bank entraram com recurso na Justiça do Rio pedindo para que a proteção obtida pela Oi na Justiça fosse suspensa. Alegam que a tele carioca não pode entrar com esse tipo de pedido, já que seu primeiro processo de recuperação judicial não foi finalizado, pois não transitou em julgado.
Além disso, as instituições financeiras alegam que a Oi só poderia entrar com um novo pedido de recuperação judicial em outubro de 2025. Os bancos consideram o prazo de cinco anos a partir de 2020, quando foi feito revisão do plano original de 2016 e passou a prever a venda de ativos como a Oi Móvel e parte da rede de fibra óptica.