OMS não é contra a vacinação de adolescentes

  • Afirmação feita pelo presidente durante live está errada

  • OMS recomenda que a vacinação seja feita primeiro em grupos de risco, mas não descarta a imunização de adolescentes

  • A vacina da Pfizer é aconselhada para pessoas com 12 anos ou mais

Durante a transmissão semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a Organização Mundial da Saúde (OMS) é contra a vacinação de adolescentes. Entretanto, essa afirmação é falsa.

Afirmação feita por Bolsonaro durante transmissão é falsa. A OMS recomenda que pessoas mais velhas e com doenças crônicas sejam imunizadas primeiro, já que a tendência dos mais jovens é apresentar casos mais leves da doença (Foto: YouTube/Reprodução)
Afirmação feita por Bolsonaro durante transmissão é falsa. A OMS não é contra a vacinação de mais jovens e recomenda que pessoas mais velhas e com doenças crônicas sejam imunizadas primeiro, já que a tendência dos mais jovens é apresentar casos mais leves da doença (Foto: YouTube/Reprodução)

No site, atualizado em 14 de julho, a OMS ressalta a importância da vacinação e recomenda que pessoas mais velhas, com doenças crônicas e profissionais de saúde recebam a imunização primeiro, já que a tendência dos mais jovens é apresentar casos mais leves da doença. A organização diz o seguinte:

  • Crianças e adolescentes tendem a ter doença mais branda em comparação com adultos, portanto, a menos que façam parte de um grupo com maior risco de COVID-19 grave, é menos urgente vaciná-los do que pessoas mais velhas, com condições crônicas de saúde e profissionais de saúde;

  • São necessárias mais evidências sobre o uso das diferentes vacinas COVID-19 em crianças para poder fazer recomendações gerais sobre a vacinação de crianças contra COVID-19;

  • O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (SAGE) concluiu que a vacina Pfizer / BionTech é adequada para uso por pessoas com 12 anos ou mais.

  • Crianças com idade entre 12 e 15 anos que estão em alto risco podem receber esta vacina juntamente com outros grupos prioritários para a vacinação.

A OMS diz ainda em suas recomendações que os ensaios para vacinação em crianças ainda estão em andamento e que atualizará suas recomendações quando as evidências ou a situação epidemiológica justificar uma mudança na política.

Leia também:

Em nota, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) reforça que a OMS não é contrária à vacinação de adolescentes.