Oscar 2023: relembre os vencedores de melhor filme no século XXI

A 95ª cerimônia do Oscar acontecerá neste domingo (12), no Dolby Theater, em Los Angeles. Com "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo" como favorito ao prêmio principal, com indicações em 11 categorias, a disputa tem ainda como fortes concorrentes “Nada de novo no front” e “Os Banshees de Inisherin”, com nove indicações cada.

Ao longo do século XXI, o prêmio se diversificou e trouxe algumas premiações inéditas, como a primeira diretora a levar a estatueta (Kathryn Bigelow, de "Guerra ao terror"), a primeira diretora asiática (Chloé Zhao, de "Nomadland") e o primeiro filme de língua não inglesa a ganhar o prêmio principal ("Parasita"). Confira abaixo todos os vencedores da estatueta de melhor filme nos últimos 22 anos, a mais importante da cerimônia.

Coda - No ritmo do coração (2022, 94.ª edição do Oscar)

Dirigido por Sian Heder (vencedora também na categoria roteiro adaptado), o drama centrado em drama em Ruby (Emilia Jones), adolescente ouvinte cujos pais e irmão são surdos, tem boa parte das cenas em ASL, a língua americana de sinais.

"Nomadland" (2021, 93.ª edição do Oscar)

Escrito e dirigido por Chloé Zhao, deu o segundo Oscar de direção a uma mulher (depois de Kathryn Bigelow por "Guerra ao terror") o primeiro para uma cineasta asiática. A história de Fern (Frances McDormand), que vive como nômade em sua van após o colapso econômico no interior de Nevada, rendeu ainda os prêmios de filme e de atriz para a protagonista (o terceiro de McDormand).

Parasita (2020, 92.ª edição do Oscar)

Primeira obra não falada em língua inglesa a levar o principal troféu da premiação, a produção sul-coreana faturou ainda as categorias de filme internacional, direção (Bong Joon Ho), roteiro original, direção de arte e montagem. A trama gira em torno de uma família de Seul que passa a viver escondida no porão de um casal abastado.

Green book: O guia (2019, 91.ª edição do Oscar)

Baseado em uma história real, o road movie mostra a relação entre o pianista negro Don Shirley (Mahershala Ali) e seu motorista e guarda-costas ítalo-americano Tony Lip (Viggo Mortensen), contratado para proteger o músico durante uma turnê no Sul dos EUA nos anos 1960. O longa de PeterFarrelly levou os prêmios de filme, ator coadjuvante (Mahershala Ali) e roteiro original.

A forma da água (2018, 90.ª edição do Oscar)

Ganhador de quatro estatuetas, incluindo diretor (Guillhermo del Toro), filme, design de produção e trilha sonora, o longa mostra a relação de uma mulher muda, e zeladora de um laboratório durante a Guerra Fria, e uma criatura misteriosa, mantida presa no local.

Moonlight: Sob a luz do luar (2017, 89.ª edição do Oscar)

O drama destaca a vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami, em três momentos de sua vida, do bullying na infância, passando pelas descobertas da adolescência até o envolvimento com as drogas, quando adulto. Levou as estatuetas de filme, ator coadjuvante (Mahershala Ali) e roteiro adaptado.

Spotlight: Segredos revelados (2016, 88.ª edição do Oscar)

A partir de uma história real, o longa mostra como a equipe de jornalistas investigativos Spotlight, do Boston Globe, descobre e revela casos de abuso sexual e pedofilia por membros da arquidiocese de Boston. O longa levou os prêmios de filme e roteiro original.

Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância) (2015, 87.ª edição do Oscar)

Vencedor das categorias de filme, diretor (Alejandro González Iñárritu), roteiro original e fotografia, o longa é centrado no ator Riggan Thomson (Michael Keaton), que se recusou a estrelar o quarto longa do personagem Birdman, enquanto busca reconhecimento ao dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação de um texto para o teatro.

12 anos de escravidão (2014, 86.ª edição do Oscar)

O drama narra a história de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), que vive livre com a família no Norte dos EUA, até ser sequestrado e vendido como escravo no Sul, onde enfrenta 12 anos de trabalhos forçados na Louisiana, até ser libertado. Além de melhor filme, venceu nas categorias de roteiro adaptado e atriz coadjuvante (Lupita Nyong'o).

Argo (2013, 85.ª edição do Oscar)

Dirigido por Ben Affleck, o drama histórico é baseado na história real do agente da CIA Tony Mendez, que comandou em 1979 um grupo para resgatar seis diplomatas americanos, refugiados na casa do embaixador do Canadá em Teerã, após a embaixada dos EUA ser invadida por militantes iranianos. Para isso, o grupo simula a filmagem de um longa de ficção científica chamado "Argo". Além de melhor filme, venceu nas categorias de melhor roteiro adaptado e edição.

O artista (2012, 84.ª edição do Oscar)

O longa se passa na Hollywood entre na passagem da década de 1920 para 1930, e destaca a história de George Valentin (Jean Dujardin), astro do cinema mudo que não aceita a mudança para o filme falado. Para provar que o som não passava de um modismo no cinema, ele investe tudo na produção de um longa mudo. Vencedor nas categorias de filme, diretor (Michel Hazanavicius), ator (Jean Dujardin), trilha sonora e figurino.

O discurso do rei (2011, 83.ª edição do Oscar)

O longa britânico parte da história do Príncipe Albert, Duque de York e futuro rei George VI (Colin Firth), que, incomodado com sua gagueira, tem como última esperança o terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush), que irá usar métodos pouco ortodoxos para fazer com que o herdeiro real consiga discursar em público. Oscar de filme, diretor (Tom Hooper), ator (Colin Firth) e roteiro original.

Guerra ao terror (2010, 82.ª edição do Oscar)

Primeiro longa a dar o Oscar de direção a uma cineasta (Kathryn Bigelow), o drama de guerra faturou também os prêmios de filme, montagem roteiro original, som e edição de som. Escrito pelo ex-correspondente na Guerra do Iraque, Mark Boal, o filme acompanha um grupo de soldados do esquadrão anti-bombas do exército americano.

Quem quer ser um milionário? (2009, 81.ª edição do Oscar)

Dirigido por Danny Boyle, o longa, filmado na Índia, é uma adaptação do livro "Q & A", do autor indiano Vikas Swarup, sobre um jovem das favelas de Mumbai que aparece em um quiz show de sucesso na TV. Oscar de filme, diretor (Danny Boyle), roteiro adaptado, fotografia, edição, trilha sonora original, canção original e mixagem de som.

Onde os fracos não têm vez (2008, 80.ª edição do Oscar)

No Texas da década de 1980, Um matador de aluguel (Javier Bardem) segue as pistas de uma valise de dinheiro do tráfico, levada por um caçador (Josh Brolin) após um confronto entre gangues rivais. A dupla é perseguida por um xerife veterano (Tommy Lee Jones).

Os infiltrados (2007, 79.ª edição do Oscar)

Refilmagem de "Mou Gaan Dou" ("Conflitos internos", Hong Kong, 2002), o longa policial cria um jogo de gato e rato com a polícia de Massachussetts infiltrando um agente na máfia irlandesa, enquanto os criminosos mantêm um informante entre as autoridades. Estrelado por Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson e Mark Wahlberg, ganhou os prêmios de filme, roteiro adaptado, edição e direção (Martin Scorsese).

Crash - No limite (2006, 78.ª edição do Oscar)

Um acidente após o roubo de um carro de luxo acaba fazendo cruzar a vida de vários habitantes de diferentes origens sociais e étnicas em Los Angeles. Com Sandra Bullock, Don Cheadle, Matt Dillon, Ludacris e Brendan Fraser no elenco, levou os prêmios de filme, roteiro original e edição.

Menina de ouro (2005, 77.ª edição do Oscar)

Veterano treinador de boxe, o arredio Fankie Dunn (Clint Eastwood) rejeita treinar a aspirante à lutadora Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), mas aos poucos é convencido pelo talento e determinação da jovem nos ringues. O longa deu a Eastwood seu segundo Oscar de filme e direção (após "Os imperdoáveis"), o segundo Oscar de atriz a Hilary Swank e o de coadjuvante para Morgan Freeman.

O Senhor dos Anéis: O retorno do rei (2004, 76.ª edição do Oscar)

O último longa da trilogia inspirada nos livros de J. R. R. Tolkien está entre os maiores sucessos de bilheteria do cinema e entrou para a História como um dos filmes com o maior número de troféus numa mesma cerimônia, com 11 prêmios, igualando os feitos de "Titanic" (1997) e "Ben-Hur" (1959). O longa de Peter Jackson ganhou todos os prêmios a que foi indicado: filme, direção, edição, figurino, direção de arte, maquiagem, roteiro adaptado, efeitos visuais, efeitos sonoros, trilha sonora e música.

Chicago (2003, 75.ª edição do Oscar)

Primeiro musical a receber o prêmio de melhor filme desde "Oliver!", em 1968, o longa é centrado na rivalidade entre a dançarina Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) e a aspirante a cantora Roxie Hart (Renée Zellweger), que se tornam celebridade nos anos 1920 após matarem seus companheiros. A adaptação do musical de Fred Ebb e Bob Fosse, de 1975, a produção levou ainda os prêmios de atriz aoadjuvante (Zeta-Jones), edição, figurino, direção de arte e mixagem de som.

Uma mente brilhante (2002, 74.ª edição do Oscar)

Inspirado na vida do matemático John Nash (Russell Crowe), que pesquisou problemas relacionados à teoria dos jogos, o longa detalha a luta do acadêmico contra a esquizofrenia. Além do prêmio de filme, o longa levou as estatuetas de direção (Ron Howard), roteiro adaptado e atriz coadjuvante (Jennifer Connelly).

Gladiador (2001, 73.ª edição do Oscar)

O drama histórico narra a história do general romano Maximus (Russell Crowe), traído por Cômodo (Joaquin Phoenix), filho do imperador Marco Aurélio, que manda matar sua mulher e filho. Vendido como escravo, Maximus torna-se um gladiador conhecido por todo o império romano e, ao lutar no Coliseu, vê a chance de concretizar sua vingança. Além de melhor filme, o longa levou as estatuetas de ator (Crowe), figurino, efeitos visuais e som.

Beleza americana (2000, 72.ª edição do Oscar)

Lester Burham (Kevin Spacey) é um homem de meia-idade em crise que, entre fantasias sexuais com a amiga adolescente de sua filha, abandona o emprego e passa a trabalhar em uma lanchonerte e a se exercitar compulsivamente. Sua atitude cria problemas com sua ambiciosa mulher (Annette Bening) e o vizinho, o coronel dos fuzileiros Frank Fitts (Chris Cooper). Além de filme, levou as estatuetas de diretor (Sam Mendes), roteiro original, ator (Spacey) e fotografia.