Paciente de anestesista revela comportamento suspeito do médico, contam advogados
Paciente em questão foi a primeira de três a dar a luz no último domingo
Gravação do parto da terceira paciente levou à prisão de anestesista
Possível vítima está 'completamente destruída', diz defesa
Os advogados de uma das pacientes do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso após ser flagrado estuprando uma mulher durante o parto no último domingo (10), falaram sobre o caso nesta sexta-feira (15). Segundo os profissionais, a mulher está “completamente destruída”.
Ela foi a primeira grávida a dar à luz naquele dia. O parto gravado pelas enfermeiras, que culminou na prisão do agressor, foi o terceiro realizado pelo médico no domingo.
Os advogados Joabs Sobrinho e José Maria da Silva disseram que sua cliente, que é uma possível vítima, se incomodou com a presença de Giovanni. “Já fez um outro parto, de seu filho que tem 5 anos, e não foi nada parecido. Ela nem viu o bebê nascer dessa vez”, afirmou a defesa ao portal Metrópoles.
A cliente também relatou aos advogados que o anestesista exerceu funções que não caberiam a ele durante o procedimento, como realizar uma higienização íntima depois de um sangramento.
“Em determinado momento, a roupa caiu, e os seios dela ficaram expostos. Ele ficou encarando, até que um enfermeiro se incomodou, pediu licença ao anestesista e a cobriu”, revelaram.
Ainda segundo a defesa, ele se apresentou como “Yuri” e ele teria se aproveitado do fato que ele é uma mãe solo.
Eles também discordam da polícia e das entidades de Saúde, e acreditam que as suspeitas sobre Giovanni deveriam ter sido levadas à diretora do hospital antes da gravação do vídeo, e assim evitar o possível estupro de sua cliente.
“Depois que tivemos acesso aos depoimentos, tivemos certeza de que a suspeita começou com ela, por isso filmaram a segunda e a terceira [cirurgias]”, disseram.