Padres jesuítas são assassinados quando tentavam proteger homem perseguido por cartel no México
Os padres jesuítas Javier Campos Morales, de 78 anos, e Joaquín Mora, de 80, foram assassinados nesta segunda-feira dentro da igreja da comunidade Cerocahui, em Chihuahua, no México. Os sacerdotes foram baleados quando tentavam proteger o guia turístico Pedro Palma, de 60 anos, que era perseguido por homens armados e também morreu.
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Após o crime, os corpos das três vítimas foram colocados em um caminhão e permanecem desaparecidos. Uma testemunha sobrevivente disse às autoridades locais que Morales e Mora ainda fizeram apelos para que os criminosos não atirassem.
O principal suspeito do crime é José Noriel Portillo, conhecido como El Chueco. O criminoso lidera um grupo armado ligado ao cartel de Sinaloa, de acordo com a imprensa local.
O assassinato dos padre causou reação da Igreja Católica. Os Jesuítas do México publicaram uma mensagem para condenar os assassinatos.
"Condenamos esses fatos violentos, exigimos justiça e a recuperação dos corpos de nossos irmãos que foram subtraídos do templo por pessoas armadas", diz o comunicado.
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A Arquidiocese Primada do México também se manifestou: pedimos o fim da violência", afirmou a entidade.
O padre Arturo Sosa, da Companhia de Jesus, afirmou estar chocado com a notícia da morte dos dois padres.
"Meus pensamentos e orações estão com os jesuítas no México e suas famílias. Temos que parar a violência em nosso mundo e tanto sofrimento desnecessário", disse Sosa.
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador comentou o caso em entrevista coletiva nesta terça-feira. O mandatário afirmou que as autoridades têm informações sobre possíveis suspeitos dos assassinatos e admitiu que a área tem uma forte presença do crime organizado.