Pais denunciam à polícia de Brasília vídeos que estimulam crianças a “adorarem satanás”
Homem utiliza filtro da personagem Elsa para falar com as crianças
Entre outras "sugestões", pediu que seus seguidores desenhem um símbolo de rituais satãnicos
A polícia revelou que está investigando o caso
Pais de Brasília mostraram preocupação e denunciaram à Polícia Civil local vídeos que incentivam crianças a “adorarem satanás”. As imagens mostram um homem com o filtro da personagem Elsa, do desenho Frozen, sugerindo, entre outras coisas, que seus seguidores desenhem pentagramas em casa.
O rapaz em questão utiliza uma peruca e fala com voz anasalada, típica de quem está lidando com o público infantil. “Oi, crianças! Sou eu, a Elsa. E hoje eu vou ensinar a fazer uma arte muito bonita na casa de vocês. Vamos aprender?”, diz em um dos vídeos.
Leia também:
Começa o calendário de pagamentos do Bolsa Família de março, ainda sem auxílio emergencial
Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliar
Um ano após primeira morte no Brasil, coronavírus já matou mais que a Aids em toda história no país
A “arte” em questão é um pentagrama invertido, símbolo utilizado em rituais satânicos. O homem sugere, ainda, que as crianças utilizem molho de tomate para contornar o desenho, talvez para dar uma aparência “sanguinária”.
“E se alguém perguntar por que você fez isso, você vai responder: ‘Pela glória de Satã, é claro’”, sugere.
As gravações são feitas pelo aplicativo TikTok e compartilhada no Instagram e no YouTube. Apesar de o responsável tratá-los com ar cômico, os vídeos têm gerado incômodo em pais da capital federal.
Vídeos “beiram a prática de delitos”
O caso chegou à Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, que tomou conhecimento dos vídeos em troca de informações com a polícia paulista. O delegado Giancarlos Zuliane admitiu que o caso está sendo investigado.
“Existem apurações que estão em andamento, apesar de nós termos acompanhado a disseminação desse conteúdo”, declarou ao site Metrópoles. “O vídeo beira a prática de delitos, principalmente no que diz respeito à apologia de crimes. Com certeza, é um péssimo conteúdo, que nenhuma rede social gostaria de hospedar.”