Parlamento da Finlândia aprova antecipadamente entrada na Otan, mas ainda depende da Hungria e da Turquia
Na tentativa de tornar-se membro da Otan o quanto antes, o Parlamento da Finlândia aprovou nesta quarta-feira (1º), de maneira antecipada e por grande maioria, a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte. A adesão, no entanto, ainda precisa da assinatura da Hungria e da Turquia.
Com informações de Carlotta Morteo, correspondente da RFI na Suécia
A invasão russa à Ucrânia provocou uma alteração profunda na política militar da Finlândia e da Suécia. Os países escandinavos que, desde a década de 1990 mantinham-se neutras, decidiram em maio do ano passado candidatar-se à Otan.
O processo de aceite ainda depende da ratificação da Hungria e da Turquia, membros da aliança. No entanto, como prova de seu engajamento, os deputados finlandeses decidiram aprovar antecipadamente a entrada do país no grupo.
O ingresso na Otan foi aprovado no Parlamento finlandês por quase unanimidade: 184 votos a favor, e apenas sete votos contra, contados entre representantes da extrema direita e da extrema esquerda. Entre os motivos elencados, a inexistência de garantias de que o país, que faz fronteira com a Rússia, não receberá armas nucleares em seu território.
O ministro da Defesa finlandês comemorou o resultado. "A segurança da Otan é uma causa comum", publicou Antti Kaikkonen no Twitter.
O resultado tira um fantasma do horizonte. Com as eleições finlandesas marcadas para 2 de abril, o governo da primeira-ministra Sanna Marin queria evitar qualquer atraso no processo de ingresso à Otan por conta de um vácuo político em seu país.
Sem a Suécia
(Com AFP)
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