Parlamento do Sri Lanka elege substituto para presidente que fugiu em meio a grave crise
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- Ranil WickremesinghePresident of Sri Lanka since 2022
- Mahinda RajapaksaPrimeiro-ministro do Sri Lanka
- Gotabaya Rajapaksa8° presidente do Sri Lanka
O parlamento do Sri Lanka votarĂĄ nesta quarta-feira (20) para eleger o presidente para substituir Gotabaya Rajapaksa, que fugiu para o exterior depois que manifestantes invadiram sua residĂȘncia em meio a uma grave crise econĂŽmica.
O vencedor da disputa entre trĂȘs aspirantes assumirĂĄ o comando de um paĂs falido que negocia um plano de resgate com o Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI), e cujos 22 milhĂ”es de habitantes enfrentam sĂ©ria escassez de alimentos, combustĂveis e remĂ©dios.
Analistas dizem que o favorito Ă© Ranil Wickremesinghe, um ex-primeiro-ministro que se tornou presidente em exercĂcio depois que Rajapaksa deixou o cargo. Sua candidatura Ă© rejeitada por manifestantes que o consideram um aliado do Ășltimo presidente.
Meses de protestos contra uma crise econĂŽmica sem precedentes culminaram na renĂșncia de Rajapaksa, anunciada na semana passada de Cingapura.
Sua saĂda foi um golpe para um clĂŁ outrora poderoso que dominou a vida polĂtica do Sri Lanka por dĂ©cadas, depois que seus irmĂŁos renunciaram meses atrĂĄs como primeiro-ministro e ministro das Finanças.
Wickremesinghe, 73, tem o apoio do SLPP de Rajapaksa, o maior partido do parlamento de 225 assentos, para a votação secreta desta quarta-feira.
Como presidente em exercĂcio, Wickremesinghe prolongou um estado de emergĂȘncia que dĂĄ amplos poderes Ă s forças de segurança e, na semana passada, enviou soldados para expulsar manifestantes que ocupavam prĂ©dios pĂșblicos.
Um legislador da oposição observou que a linha dura de Wickremesinghe contra os manifestantes foi bem recebida pelos legisladores afetados pela violĂȘncia dos protestos, e que a maioria dos representantes do SLPP o apoiaria.
"Ranil estĂĄ se preparando para ser um candidato da lei e da ordem", disse Ă AFP o parlamentar tĂąmil Dharmalingam Sithadthan.
O analista polĂtico Kusal Perera concordou que Wickremesinghe chega com "ligeira vantagem" Ă votação legislativa de quarta-feira.
"Ranil recuperou a aceitação da classe média urbana ao restaurar alguns de seus suprimentos, como o gås, e liberou prédios do governo mostrando firmeza", disse Perera.
Em intenso lobby na noite desta terça-feira, dois pequenos partidos apoiaram o principal rival de Wickremesinghe, e o resultado da votação deverå ser apertado.
Observadores acreditam que Wickremesinghe reprimirĂĄ duramente se os manifestantes, que exigiram sua renĂșncia, acusando-o de proteger os interesses de Rajapaksa, retornarem Ă s ruas.
O ex-presidente Mahinda Rajapaksa, irmĂŁo mais velho de Gotabaya e lĂder do clĂŁ que dominou a vida polĂtica do Sri Lanka por anos, permanece no paĂs e fontes de seu partido dizem que ele pressionou os legisladores do SLPP para apoiar Wickremesinghe.
- Governo de consenso -
Seu principal rival serå o dissidente do SLPP e ex-ministro da Educação Dullas Alahapperuma, ex-jornalista apoiado pela oposição.
Alahapperuma, de 63 anos, prometeu esta semana formar "um verdadeiro governo de consenso pela primeira vez em nossa histĂłria".
O terceiro candidato Ă© Anura Dissanayake, 53, lĂder da Frente Popular de Libertação, de esquerda, cuja coalizĂŁo tem trĂȘs cadeiras legislativas.
Os legisladores classificarĂŁo os candidatos em ordem de preferĂȘncia em uma votação secreta, um mecanismo que lhes dĂĄ mais liberdade do que um sistema aberto.
Os candidatos precisam de mais da metade dos votos para serem eleitos. Se nĂŁo for o caso, o candidato com menos votos serĂĄ eliminado e seus votos serĂŁo distribuĂdos com base na segunda preferĂȘncia.
O novo governante assumirĂĄ o cargo pelo restante do mandato de Rajapaksa, que terminaria em novembro de 2024.
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