Jacarta, 4 mai (EFE).- A conferência pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa organizada pela Unesco em Jacarta terminou nesta quinta-feira com uma chamada a favor da liberdade de expressão e de condenação a todas as formas de violência contra os jornalistas.
"Uma imprensa livre não é algo que só envolve os jornalistas; uma imprensa livre é algo que serve à sociedade em seu conjunto, que fortalece a democracia", disse o vice-diretor geral de Comunicação e Informação da Unesco, Frank La Rue.
O ministro de Comunicação e Informática da Indonésia, Rudiantara, assegurou que a Declaração de Jacarta, emitida ao final de quatro dias de debates, pode ajudar a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e deter "o discurso de ódio e as notícias falsas" na internet.
A declaração não é vinculativa, mas o diretor de Liberdade de Expressão e Desenvolvimento de Meios da Unesco, Guy Berger, defendeu a mesma como um guia para os países-membros da agência multilateral.
O texto trata sobre a impunidade daqueles que cometem crimes contra os jornalistas, o conceito do direito universal a ter internet e a promoção dos direitos fundamentais através do exercício da profissão.
"A impunidade é ainda comum e as investigações são muito lentas ou não existem", indicou La Rue a respeito dos assassinatos de jornalistas, que a Unesco cifrou em pelo menos 102 em 2016.
O documento expressa preocupação pela tendência mundial a acabar com a liberdade de expressão em nome da segurança nacional.EFE