Passageira relata "golpe do cheiro" em carro de aplicativo
O ‘golpe do cheiro’ seria mais uma estratégia criminosa para dopar passageiras;
O uso de máscaras PFF2/N95 pode evitar a intoxicação;
A Uber alegou que está tratando das denúncias com “máxima seriedade".
Moradora do Grande Recife, Laura, de 21 anos, enfrentou uma situação atípica após mais um dia de trabalho. Depois de alguns minutos em um veículo de aplicativo, a jovem sentiu um forte odor químico e, em seguida, sua visão ficou turva.
Ela então percebeu que se tratava do chamado ‘golpe do cheiro’, estratégia que vem sendo relatada por passageiras em diversas redes sociais durante os últimos dias.
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"Eu olhei para o retrovisor e ele, [o motorista], estava olhando pra mim pelo espelho, como se estivesse esperando algo. Daí caiu a minha ficha. Se eu ficasse mais um segundo lá, iria desmaiar", disse Laura.
Rogério Lemos, professor de química, alega que as possíveis substâncias químicas utilizadas no ‘golpe do cheiro’ podem ser o Éter, o Clorofórmio e o Etanol. Quando inalado, o primeiro, por exemplo, “prejudica na absorção do oxigênio pelo corpo”. Segundo o especialista, “quem inala se sente tonto, com náusea e pode perder a consciência”.
De acordo com Lemos, “provavelmente a substância é liberada apenas na parte de trás do carro, no banco, por exemplo”. O professor diz que “o uso de máscaras PFF2 ou N95 pode evitar a intoxicação”.
Segundo reportagem do portal NE10, a Uber alegou que está tratando das denúncias com “máxima seriedade”. A empresa disse também que “avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis”.
*As informações são do NE10.