PDT de Ciro Gomes já avalia neutralidade no segundo turno
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, não conseguiu conseguir subir nas pesquisas eleitorais, e tem se mantido na casa dos 7% de intenção de voto. Com isso, os pedetistas já avaliam o posicionamento no segundo turno, que poderá ser de neutralidade.
Segundo informações do jornal O Globo, ainda não há uma definição do partido sobre o assunto. Contudo, os integrantes da agremiação concordam que, diante dos ataques promovidos por Ciro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), soará incoerente um alinhamento entre as siglas na segunda etapa da disputa.
Além disso, a hipótese do apoio do pedetista a Lula já é descartada.
Dessa forma, cresce a probabilidade do partido adotar a neutralidade e liberar os filiados a apoiar o petista.
Segundo o jornal, essa possibilidade já é defendida nos bastidores por integrantes dos diretórios do Rio Grande do Sul e entre alguns membros do partido em São Paulo.
Nesse caso, o único veto da sigla seria o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
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“Com Bolsonaro jamais. Mas não dá para falar de segundo turno agora, porque isso seria enfraquecer a nossa candidatura. Tudo pode mudar até lá, e nós faremos o possível para isso”, afirma o presidente do PDT, Carlos Lupi.
Até agora, a única definição é de que os pedetistas irão se reunir no dia 2 de outubro, após os resultados das eleições, para definir se acompanharão Lula.
A mesma conversa ocorreu em 2018, quando a sigla seguiu com Fernando Haddad (PT) de forma crítica.
O peso do Ceará
Nas últimas eleições gerais, Ciro e o irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE), defenderam o apoio a Haddad por conta da aliança entre PT e PDT no Ceará, berço político dos irmãos.
Agora, a parceria já não existe mais. Por isso, aliados acreditam que o arranjo em prol de Lula poderá não se repetir.
A tendência é que Ciro não diminua o tom contra Lula por ressentir-se da falta de apoio do PT em 2018, quando o ex-presidente estava impedido de concorrer por questões judiciais.
“Toda eleição que houve até hoje, o (Leonel) Brizola apoiou o Lula. O que está em jogo é a luta do opressor contra o oprimido, e o PDT sempre esteve ao lado do oprimido. Acho que deveríamos apoiar o Lula, mas isso sou eu. Só após a reunião da Executiva vamos saber a posição do partido, se apoiaremos Lula ou se vamos nos abster”, disse o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, presidente do diretório de Santa Catarina, ao jornal O Globo.
Há ainda pedetistas que veem diferença entre Lula e Bolsonaro e, por isso, preferem que a sigla não declare apoio ao petista.
Veja as últimas pesquisas eleitorais para presidente:
Qual a data das Eleições 2022?
O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro, um domingo. Já o segundo turno – caso necessário – será disputado no dia 30 de outubro, também um domingo.
Veja a ordem de escolha na urna eletrônica nas Eleições 2022
Deputado federal (quatro dígitos)
Deputado estadual (cinco dígitos)
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Governador (dois dígitos)
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