A funkeira Pepita usou as redes sociais para celebrar o Dia da Mulher, nesta quarta-feira.

— Oi família, bom dia. Hoje é dia 8. Dia Internacional da Mulher. Eu tenho muito orgulho de ser a mulher que eu sou. A filha que eu sou. A amiga que eu sou. A profissional que eu sou. A mae que eu sou. O ser-humano que eu sou. Vivo em um país cercado de preconceitos de todos os lados, mas eu tento e desejo sempre ser forte e evoluída. Que esse dia 8 possa ser muito importante para mim e para você, também, da forma que você quiser. Só você sabe a mulher que você é e o que você representa — disse a funkeira.

Pepita é mãe do pequeno Lucca Antônio, de 1 ano. O bebê é fruto de um relacionamento de seu marido Kayque Nogueira com outra mulher, enquanto ambos estavam separados. À época, a mãe biológica pretendia realizar um aborto. Em comum acordo, Pepita não autorizou o fato e assumiu oficialmente a maternidade da criança.

— A maternidade foi a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu. E vejo a aceitaçãonde todos, cada vez mais. Sinto que fui a primeira a fazer um furo na parede. No fundo, acho que o mundo não precisava ser de jeito. Nem precisava estar falando disso. Mas faço questão de falar, porque sei que é preciso martelar esse assunto para torná-lo natural — declarou Pepita ao Extra, ao desfilar na Sapucaí este ano pela Grande Rio.

Quando sua maternidade se tornou pública, Pepita sofreu inúmeros ataques por ser uma mulher travesti. Em novembro do ano passado, quando seu filho completou 11 meses, as mensagens de ódio foram direcionadas a ele. "A primeira palavra da criança vai ser: 'Eu deveria ter morrido'", dizia um dos ataques. "Essa nunca vai ser uma família de verdade", comentou outro internauta. "Meu filho nunca estudaria em uma escola com essa criança", disparou um terceiro.

Na época, Pepita se pronunciou. "Meu filho é apenas uma criança de 11 meses, gente, isso me dói tanto, mas tanto", desabafou em uma rede social.