Perito é morto por militares da Marinha e jogado em rio no RJ
Ele foi sequestrado e assassinado por três militares da Marinha
Família disse que perito fez vários registros de ocorrência contra os suspeitos
Vítima estava com comprovante de roubo dos militares quando morreu
O corpo do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta segunda-feira (16) no Rio Guandu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Ele foi sequestrado e assassinado por três militares da Marinha depois de denunciar um roubo de materiais para um ferro-velho, na última sexta-feira (13).
Os suspeitos são um cabo, dois sargentos e o pai de um deles. Eles foram presos e serão investigados pelos crimes cometidos.
De acordo com a família de Renato, ele fez vários registros de ocorrência contra os suspeitos e na hora da morte estaria com o documento que comprovaria os roubos.
“A gente quer justiça e que eles sejam punidos severamente. Nada justifica o que fizeram. Está tudo em vídeo. Meu irmão já tinha ido lá várias vezes. Eles armaram para o matar. Ele foi morto com a nota fiscal no bolso”, declarou.
Segundo a investigação, Renato teria sido arrastado sangrando por pelo menos 30 metros antes de ser jogado da ponte pelos militares da Marinha.
“Ele tinha diversos boletins de ocorrência dos roubos. O que mais me choca é que são militares em favor da população, de serviço, sair do local e fazer isso. A certeza da impunidade, fazer o que fizeram a luz do dia em uma praça, onde muitas pessoas passam”, afirmou a irmã da vítima, Débora Couto de Mendonça.