Peru e Burkina Faso são rebaixados em lista global de danos à liberdade
Peru e Burkina Faso lideram a lista de declínio global da liberdade em 2022, em meio ao encolhimento deste direito em todo o mundo, apesar das melhorias em vários países, divulgou a organização Freedom House nesta quinta-feira (9).
Em seu 50º relatório anual, o grupo americano de pesquisa em democracia global rebaixou o Peru e Burkina Faso em sua lista de níveis de liberdade e relegou ainda mais as posições da Rússia, Nicarágua, El Salvador e Hungria, entre outros.
O Peru passou de "livre" a "parcialmente livre", enquanto Burkina Faso, que sofreu dois golpes em 2022, foi classificado como "não livre".
Durante anos de instabilidade política e institucional, o país sul-americano mergulhou no caos após a destituição e prisão do presidente Pedro Castillo, após tentar dissolver o Congresso e governar por decreto. Atualmente, ainda enfrenta violentos protestos pedindo a renúncia de Dina Boluarte, sua ex-vice.
A Colômbia, em contrapartida, subiu à categoria "livre", assim como o Lesoto.
A América Latina é uma linha de frente fundamental, que "durante anos" foi "uma região estável, com níveis relativamente altos de liberdade, sendo Cuba um caso isolado, até que a consolidação autoritária se estabeleceu na Venezuela e depois na Nicarágua", analisou Amy Slipowitz, co-autora do relatório.
O informe de 2022 "documenta a continuação de tendências preocupantes, mas também fornece algumas razões para esperar que a recessão da liberdade dos últimos 17 anos possa mudar", disse o presidente da Freedom House, Michael Abramowitz, em comunicado.
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