Pesquisa Datafolha em São Paulo: Haddad tem 36%, Tarcísio e Rodrigo empatam

Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia são os mais bem colocados na pesquisa Datafolha ao governo de São Paulo. (Fotomontagem Yahoo Notícias)
Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia são os mais bem colocados na pesquisa Datafolha ao governo de São Paulo. (Fotomontagem Yahoo Notícias)

A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no início da noite desta quinta-feira (15), aponta que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) segue na liderança com 36% das intenções de voto ao governo de São Paulo.

Em seguida aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 22%, e o atual governador e candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 19%. Tarcísio e Garcia estão tecnicamente empatados considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O tucano tinha 15% no levantamento anterior e foi a 19%. Tarcísio variou dentro da margem de erro, de 21% para 22%. Já Haddad oscilou de 35% para 36%.

A pesquisa capta parcialmente o efeito do debate realizado por Folha de S.Paulo, UOL e TV Cultura, na terça-feira (13). No evento, tanto Tarcísio quanto Haddad tornaram Rodrigo o alvo principal.

A campanha de Haddad, que é apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avalia que seria melhor enfrentar Tarcísio, cujo padrinho é Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno. A rejeição ao presidente é alta e parte dos eleitores de Rodrigo poderia apoiar o petista.

Tarcísio e Rodrigo travam um embate paralelo por uma vaga no segundo turno. A campanha do tucano passou a criticar o rival em peças de publicidade, associando-o ao machismo de Bolsonaro e a apoiadores com histórico de polêmicas, como Frederico D'Avila (PL) e Eduardo Cunha (PTB).

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 1.808 pessoas em 74 cidades do estado entre terça-feira (13) e esta quinta (15). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-06078/2022.

Nesta rodada, Carol Vigliar (UP), Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Vinicius Poit (Novo), Altino (PSTU) e Antonio Jorge (DC) marcam 1%. Edson Dorta (PCO) não pontua.

Eles mantiveram os índices da rodada anterior, com exceção de Carol, que tinha 2%, e Edson, que tinha 1%.

Brancos e nulos somam 11% (eram 12%) e os indecisos, 7% (eram 10%).

Datafolha: Pesquisa espontânea ao governo de São Paulo

Na pesquisa espontânea, Haddad aparece com 19% (tinha 17%), Tarcísio marca 12% (tinha 13%) e Rodrigo tem 9% (5% antes).

Os candidatos disputam os 44% dos eleitores que declararam não saber em quem votar. Essa parcela de indecisos, no entanto, vem diminuindo a cada nova rodada do Datafolha. Eram 72% em junho, 57% em agosto e 50% em 1º de setembro.

No total, 62% dos entrevistados afirmam que já decidiram seu voto, enquanto outros 38% podem mudar.

O candidato que tem eleitores mais consolidados é Tarcísio, com 70% convictos e 30% voláteis. Os índices são de 67% e 33% para Haddad e de 57% e 43% para Rodrigo.

Rodrigo e Haddad lideram como principal segunda opção de voto, com 18%. Em seguida, Tarcísio marca 14%, Carol (5%), Gabriel (4%), Elvis (3%), Poit (3%), Antonio (2%) e Altino (2%).

A segunda opção de eleitores de Haddad é Rodrigo (para 26%) e Tarcísio (para 12%). Entre eleitores de Tarcísio, a divisão é: 31% para Rodrigo e 18% para Haddad. Já a segunda opção de voto dos eleitores de Rodrigo é Haddad (para 35%) e Tarcísio (para 29%).

Datafolha: 2º turno aponta vitória de Haddad contra Tarcísio e Rodrigo

O levantamento também simulou dois cenários de segundo turno. Haddad vence Tarcísio por 54% a 36%. A vantagem, que vinha caindo, agora oscilou para cima —era de 22 pontos em agosto (53% a 31%), 15 pontos em 1º de setembro (51% a 36%) e 18 pontos agora.

Num eventual segundo turno entre Haddad e Tarcísio, os votos de Rodrigo se dividem em 45% para o petista e 41% para o bolsonarista.

O petista também bate o tucano, com 47% para Haddad e 41% para Rodrigo. Aqui, porém, a vantagem vem diminuindo a cada levantamento —51% a 32% (19 pontos), 48% a 38% (10 pontos) e 6 pontos agora.

Nesse cenário, 64% dos eleitores de Tarcísio migram para Rodrigo e 14% para Haddad.

Em geral, 37% dos entrevistados acertam o número de seu candidato a governador —57% não sabem e 6% erram. Os eleitores de Haddad são os que mais acertam: 49%, enquanto 49% não sabem e 2% erram. O ex-prefeito tem o mesmo número de Lula.

No caso de Tarcísio, cujo número é diferente do de Bolsonaro, o índice de acerto é de 25% e o de erro é de 13%, enquanto 61% não sabem. Para os eleitores de Rodrigo, 38% acertam, 6% erram e 56% não sabem.

Rejeição: Haddad lidera rejeição e também é o mais conhecido

Haddad é o candidato mais rejeitado pelos eleitores e também o mais conhecido, já que esses dois aspectos têm relação. Declararam que não votariam de jeito nenhum nele 35% (eram 36%).

O segundo mais rejeitado é Tarcísio, com 27% (eram 24%). Ele é seguido de Altino (21%), Elvis (18%), Antonio (18%), Rodrigo (17%), Gabriel (17%), Carol (16%), Poit (16%) e Edson (7%). Os que rejeitam todos são 4%, enquanto 4% não rejeitam nenhum e 12% não sabem.

Já o nível de conhecimento dos candidatos é de 93% para Haddad, 56% para Rodrigo e 56% para Tarcísio. Em seguida, os mais conhecidos são Poit (14%), Gabriel (11%), Altino (11%), Elvis (10%), Carol (9%), Antonio (9%) e Edson (8%).

A pesquisa mediu também a aprovação ao governo de Rodrigo, que tem uma trajetória de subida. Em 1º de setembro, 27% consideravam a gestão ótima ou boa —agora são 31%.

Os que avaliam o governo como ruim ou péssimo foram de 14% para 13, enquanto a leitura de que o trabalho de Rodrigo é regular alcançou 42% dos entrevistados (antes eram 45%). Outros 13% não sabem (eram 15%).

Pesquisas eleitorais, como saber em quais posso confiar?

Em meio a essa diversidade de levantamentos existentes no Brasil, muitos eleitores não sabem em quais resultados acreditar.

No primeiro dia do ano passou a ser obrigatório (leia a resolução clicando aqui) o registro junto à Justiça Eleitoral de qualquer pesquisa pública relacionada às eleições para presidente e governador. Porém, se uma pesquisa está registrada não necessariamente significa que ela será confiável, isso porque não há nenhum tipo de fiscalização prévia sobre a metodologia desses levantamentos.

Atualmente, a confiabilidade das pesquisas é garantida no Brasil por meio da transparência. São algumas das informações que devem ser cadastradas junto à Justiça Eleitoral, tornando as pesquisas passíveis de contestação, caso qualquer irregularidade seja encontrada posteriormente:

  • Nome do contratante

  • Valor cobrado pela pesquisa

  • Origem dos recursos investidos

  • Metodologia

  • Período de realização

  • Sistema de fiscalização da coleta de dados

  • Tipo de questionário aplicado

Para identificar os atributos que mais merecem atenção nas pesquisas eleitorais, a reportagem do Yahoo! Notícias conversou com alguns especialistas no assunto e separou uma lista com os pontos mais importantes, confira aqui.

Qual a data das Eleições 2022?

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro, um domingo. Já o segundo turno – caso necessário – será disputado no dia 30 de outubro, também um domingo.

Veja a ordem de escolha na urna eletrônica nas Eleições 2022

  1. Deputado federal (quatro dígitos)

  2. Deputado estadual (cinco dígitos)

  3. Senador (três dígitos)

  4. Governador (dois dígitos)

  5. Presidente da República (dois dígitos)