Petrobras anuncia dividendo de R$ 2,74 por ação. Só no último trimestre de 2022 foram distribuídos R$35,8 bilhões

A Petrobras anunciou na noite desta quarta-feira que vai pagar um dividendo de R$ 2,74 por ação ordinária (ON, com direito a voto) e preferencial (PN, sem direito a voto). Apenas no último trimestre de 2022 a empresa distribui R$ 35,8 bilhões. Assim, no ano o dividendo total a ser pago pela estatal é de R$ 215,8 bilhões, mais do que o dobro do distribuído em 2021.

A petroleira registrou lucro recorde de R$ 188,328 bilhões em 2022.

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Veja os dividendos pagos nos últimos anos:

2018: R$ 7,1 bilhões

2019: R$ 10,7 bilhões

2020: R$ 10,3 bilhões

2021: R$ 101,4 bilhões

2022: R$ 215,8 bilhões

Veja o ranking: Petrobras foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022

A empresa disse que " a aprovação do dividendo proposto está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas (Política) e é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazos".

O Conselho de Administração sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva para reter até R$ 0,49 por ação ordinária e preferencial do resultado do exercício social de 2022.

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Caso a medida seja aprovada, isso significará a uma redução na distribuição de dividendo por ação de R$ 2,74 para R$ 2,24. A estatal disse que a destinação dessa reserva ainda não foi definida.

O Conselho explicou que o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula da política de dividendo. E, caso não seja aceita a criação da reserva, a recomendação aos acionistas é que o pagamento desses R$ 0,49 ocorra em 27 de dezembro deste ano.

A decisão será tomada na Assembleia Geral Ordinária de 27 de abril. Nesta reunião também será confirmado Jean Paul Prates para a presidência da estatal e aprovado os novos conselheiros da empresa.

Como é o modelo atual de dividendos da estatal

O modelo de distribuição de dividendos prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e investimentos.

Do total de dividendos, o governo federal (União e BNDES) tem direito a uma fatia de 36,61%, referente ao capital total da companhia.