PF prende PM e mais 3 suspeitos de organizar atos golpistas
A PF prendeu um policial militar da reserva e mais três suspeitos por organização de atos golpistas em Rondônia;
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e mais quatro de prisão;
O direito ao porte e posse de arma dos investigados foi suspenso.
A Polícia Federal (PF) prendeu neste sábado (17) um policial militar da reserva e outros três suspeitos de “associação criminosa” por organizarem atos golpista em Rondônia após o fim das eleições presidenciais.
Segundo apuração do portal UOL, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Além disso, o direito ao porte e posse de arma dos investigados foi suspenso.
"Alguns dos envolvidos que possuíam licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) tiveram sua autorização suspensa e o respectivo armamento e munições foram recolhidos", informou a PF.
De acordo com a polícia, PM, empresários e produtores rurais coagiram “cidadãos a aderirem aos protestos”. “Foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação", disse a PF.
A Operação Eleutéria se iniciou depois que comerciantes, caminhoneiros e autônomos disseram “que foram constrangidos pelos líderes da manifestação realizada na cidade por pessoas inconformadas com o resultado da eleição".
Durante os atos, algumas “pessoas foram obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação”.
Enquanto isso, outras “não puderam abastecer seus veículos livremente”, já que o “grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade”. A PF disse também que “a quantidade de combustível por pessoa também foi limitado”.
Os 50 policiais que atuaram na operação deste sábado apreenderam nove armas, seis aparelhos telefônicos e 300 munições de diversos calibres.
“O material arrecadado será analisado para identificar outros envolvidos, sobretudo, possíveis financiadores do grupo criminoso”, informou a PF.
Apoiadores de Bolsonaro tentam 'último ato'
Depois de 45 dias de promovendo atos antidemocráticos e com teor golpista pelo país, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) convocam pessoas para suposto “ato final” do movimento.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, lideranças chamam bolsonaristas para atividades a serem realizadas no próximo domingo (18) e segunda-feira (19).
Inconformados com a vitória de Lula (PT) nas urnas, eles pedem um golpe das Forças Armadas para impedir que o petista assuma a presidência da República. Nos últimos episódios, bolsonaristas voltaram a fazer bloqueios em rodovias federais e protagonizaram cenas de vandalismo em Brasília (DF)