PGR quer mais um mês para conclusão do inquérito que investiga se Bolsonaro interviu na PF

BRASILIA, BRAZIL - MAY 27: President of Brazil Jair Bolsonaro, wearing a face mask with a print of Brazil's Coat of Arms and written God above all, Brazil above all, reacts to supporters of his government who waited for him outside the Palácio do Alvorada amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic on May 27, 2020 in Brasilia. Brazil has over 411,000 confirmed positive cases of Coronavirus and 25,598 deaths. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
Jair Bolsonaro (Andressa Anholete/Getty Images)

BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira recomendando a prorrogação por mais um mês do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou intervir de forma ilegal nas atividades da Polícia Federal. A apuração foi aberta a partir de acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Aras pediu a instauração do inquérito ao Supremo em 28 de abril, com prazo inicial de dois meses para a conclusão das investigações. Embora o prazo ainda não tenha terminado, depois um mês, a Polícia Federal pediu mais 30 dias para concluir as investigações. A tendência é que o relator, ministro Celso de Mello, conceda o prazo, já que ele está incluído no período inicialmente previsto para a tramitação do inquérito.

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Segundo a PF, o prazo será necessário para serem cumpridas “diversas diligências de polícia judiciária já determinadas pelas autoridades policiais que atuam na presente investigação criminal” para a conclusão do inquérito. O procurador-geral concordou com a proposta. Celso de Mello deve tomar a decisão sobre o prazo das investigações em breve.

Também nesta segunda-feira, entrou no STF um pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA) para abrir um novo inquérito para apurar suposta disseminação de fake news pelo presidente Bolsonaro. O parlamentar cita uma mensagem enviada por Bolsonaro a Moro em 22 de abril com acusações a adversários políticos na Bahia.

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A mensagem é anônima, mas atribuída a Bolsonaro. Nela, o presidente teria afirmado que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), teria contratado uma empresa do filho de Otto Alencar, sem licitação, para gerir o Hospital Espanhol em Salvador. Essa mensagem integra o inquérito que apura se o presidente interferiu indevidamente na PF.

Caberá a Celso de Mello decidir se arquiva o pedido do senador, ou se encaminha para a PGR opinar se é o caso de abrir ou não um novo inquérito.

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