Pix: Brasil pula para 4º lugar em ranking de transações em tempo real e deve liderar crescimento até 2026
BRASÍLIA – Apopularização do Pix no Brasil fez com que o país pulasse para aquarta posição em um ranking global que contabiliza as transaçõesem tempo real. Em 2021, o país registrou 8,7 bilhões de operações,ficando atrás apenas de Índia, China e Tailândia, de acordo comrelatório da ACI Worldwide, companhia de software para pagamentos.
Com novasmodalidades do serviço de pagamento instantâneo entrando emfuncionamento, como é o caso do Pix Saque e Pix Troco, o Brasillidera a lista de países cujo mercado de transações em tempo realdeve crescer mais nos próximos cinco anos. A expectativa é de quehaja um avanço de 56,8% no número de operações e que o Brasilregistre 82,4 bilhões de transações em 2026.
Atualmente, o paíscom mais transações em tempo real é a Índia, que registrou 48,6bilhões de operações em 2021. Na sequência aparece, China (18,5bilhões de operações), Tailândia (9,7 bilhões), Brasil (8,7bilhões), e a Coreia do Sul (7,4 bilhões).
O estudo da ACIWorldwide, feito em parceria com a GlobalData e oCebr (Centre ofEconomics and Business Research), considerou um cenário de 53países, que juntos somaram 118,3 bilhões de transaçõesinstantâneas no ano passado. O documento aponta que o sucesso do Pixsuperou projeções anteriores para o Brasil, que saiu da oitavaposição no ranking de 2020 para o top 4 neste ano.
“A forte adoção(medida pelos volumes de transações) era esperada, mas a escala desuperação é uma prova do impacto do lançamento de novos sistemasde serviços de pagamento para todos os fins. O Pix fornece aoconsumidor acesso a pagamentos em tempo real para quase todos oscenários da vida cotidiana, permitindo capturar rapidamentetransações P2P e C2B que, de outra forma, seriam apenas em dinheiroem uma economia muito informal”, aponta o estudo.
A adesão dobrasileiro ao Pix deve impulsionar ainda mais o uso do método depagamento. Dados do relatório mostram que esse tipo de transaçãoem tempo real representou 5,3% do total de pagamentos em 2021, marcainferior aos outros tipos de pagamentos eletrônicos, que foram de29,4%, e das transações em papel, que somaram 65,2%.
Em cinco anos, ocenário será outro. A projeção aponta que as transações emtempo real terão 34,3% de participação no volume de pagamentos em2026, superando os outros pagamentos eletrônicos, que representarão26,3%, mas ainda atrás das transações em papel, que são estimadasem 39,4%.
“O Pix, quefacilita para os consumidores o uso de meios de pagamentos em temporeal nos estabelecimentos e para gastos diários, é o principalimpulsionador dessa mudança. Sua plena integração ao sistemafinanceiro e a força do apoio do governo deram-lhe um forte inícioe, como resultado, deve impactar significativamente a economiabrasileira”, diz o estudo.
Novidades na“família” de soluções do Pix deve movimentar o mercado, tantocom players criando novos produtos e serviços para se manteremrelevantes quanto pela necessidade de atualização de sistemas paraque as instituições financeiras consigam bancar a segurança dasredes sem pressionar os próprios custos.